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domingo, 28 de dezembro de 2025

ANÁLISE DA IMAGEM.

Por Abdias Filho


Nesta fotografia de Benjamin Abraão, aparecem em segundo plano, dois cangaceiros bem atentos para a câmera. Provavelmente Benjamin tenha orientado assim para retratar uma das estratégias do cangaço depois do ingresso das mulheres: sempre haviam dois ou mais cangaceiros prontos para retira-las do palco de confronto e coloca-las em segurança.

No plano principal, temos a Rainha do Cangaço, Maria Déa, (Bonita) e a companheira do chefe de subgrupo Português. Cristina está contendo um sorriso, quase mordendo os lábios. Com o olhar fixo no fotógrafo, ela segura um pedaço de papel, enquanto Maria Bonita está mais a vontade e folheia uma caderneta de anotações. Ambas estão usando o chapéu de bandeirantes típico das mulheres e vestidas a caráter com todas as indumentárias, prontas para uma emergência.
Dois anos depois ambas seriam mortas, Cristina por supostamente trair o marido com o cangaceiro Gitirana. Maria Déa, morreu uma semana depois, na Grota do Angico em 28 de julho de 1938.
A triste história de Cristina terá espaço especial no meu novo livro Marias de Lampião - traços culturais da mulher no cangaço que será lançado em julho de 2026.

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