O legendário Delmiro Gouveia, aliás, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, nasceu em 5 de junho de 1863 na Fazenda Boa Vista de proprieade do seu avô, o coronel Félix José de Souza. Ficou para a História como o “Rei do Sertão” por sua riqueza, filantropia e coragem no desafiar o poderio econômico dos ingleses no Nordeste do Brasil.
Uma das suas maiores marcas foi a de ser pioneiro da industrialização e da produção de energia hidroelétrica no Brasil. Na cidade de Água Branca, sertão de Alagoas, Delmiro instalou o seu parque industrial.
Mandou buscar técnicos nos Estados Unidos da América do Norte, de onde importou equipamentos e, já no inicio da primeira década do Sec. XX, quando grandes centros regionais como o Recife e Salvador eram ainda iluminados a gás, as suas indústrias eram movidas por energia elétrica.
Foi mãe de Delmiro Gouveia a pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia. A qual ficara viúva do Major Delmiro morto na Guerra do Paraguai na campanha de Caimbocá. Havendo, o major Delmiro, sido companeiro de fileiras do, então, tenente Lourenço Alves Feitosa e Castro com quem firmou fraterno relacionamento e de quem o seu irmão, coronel José Porfírio Farias de Souza, viria a ser o mais aguerrido correligionário na oligarquia aciolista.
No Recife do começo do Séc. XX, Delmiro Gouveia construiu uma rede de mercados já na concepção de “shoppings malls”. O mais importante, incendiado a mando de Sigismundo Gonçalves, em concílio com o Cons. Rosa e Silva, em 2 de Janeiro de 1900, hoje abriga o quartel general da Polícia Militar de Pernambuco. Mais conhecido por Quartel do Derby.
No comércio Delmiro passou a exportar 1,5 milhão de toneladas de pele por ano. Ressalta Caesar Sobreira registrar Gilberto Freyre ter sido o comércio de peles de monopólio israelita. Restando evidente haver-se Delmiro Gouveia servido da sua identidade ancestral.
Já na iniciativa industrial, em mais um arroubo de ousadia, Delmiro fundou a Companhia Agro Fabril Mercantil; a qual, logo nos primeiros meses, passou a produzir 216 mil carretéis de linha de algodão. A morte de Delmiro Gouveia fez-se mistério; se não sabe ao certo se foi mandado assassinar por seus concorrentes ingleses ou por seu ferrenho inimigo Sigismundo Gonçalves: governador de Pernamuco.
Quem jamais perduou Delmiro da sova que lhe aplicou na, então, movimentada e chique Rua do Ouvidor na cidade do Rio de Janeiro. Bem como haver Delmiro feito sua amante, com quem fugiu para Alagoas, Carmela Eulina do Amaral Gusmão: filha natural de Sigismundo. Delmiro teve ainda, como acérrimo inimigo ao conselheiro Rosa e Silva de quem Sigismundo era correlginário.
O coronel José Porfírio Farias de Souza, tio de Delmiro Gouveia, dono dos Sítos São Paulo, Mato Grosso e São Félix na Serra da Ibiapaba e Boa Vista, na cidade, casou-se com Maria Elvira de Andrade de Paula Pesoa.
Sobrinha do senador Francisco de Andrade de Paula Pessoa. Filha de Leocádio de Andrade Pessoa e Hermelinda Pereira Jacinto da Motta Pessoa; sendo ele desembargador do Tribunal de Relação da Província do Maranhão.
Francisco de Andade de Paula pessoa nasceu em 24 de Março de 1795, vindo a morrer, aos 84 anos, em 16 de Julho de 1879. Era filho do capitão-mor Thomaz Antônio Pessoa de Andrade e de Francisca de Brito Pessoa de Andrade; prima, em primeiro grau, do legendário José Agostinho de Macedo: polítco, escritor, poeta e clérigo português. Ver “link” à margem direita desta página.
Francisco era irmão de João de Andrade Pessoa, o célebre Dr. Anta, junto a quem tomou parte na Confedrção do Equador. Ao contrário do irmão, teve comutada a pena de morte por enforcamento. Mas, confiscados todos os seus bens. Já pai de quatro de sies filhos, Francisco passou-se ao Rio de Janeiro. Onde, as quarenta anos, iniciou os estudos de Direito aos auspícios de correligionários.
De volta a Sobral, foi eleito presidente da Câmara. Membro do Conselho Geral. Coronel Comandante da Guarda Nacional. Para, mais uma vez, ser eleito vice presidente da província do Ceará e, depois, senador confirmado pela Carta Imperial de 23 de Dezembro de 1848.
O senador Paula Pessoa foi membro honorário do Instituto de Advogados da Corte. Vindo, em 1850, a ser elevado a Fidalgo Cavalheiro da Casa Imperial. Um seu neto, Francisco de Paula Rodrigues, filho de Maria Luiza de Paula Rodrigues e do conselheiro Antônio Joaquim Rodrigues Júnior. Viria ser doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro. Deixou váras dissertações cietíficas. Vindo a ser sócio do célebre Dr. Wecker de Paris e do renomado Dr. Moura Brasil.
O coronel José Porfírio Farias de Souza teve por preceptor ao seu tio avô Joaquim Ignácio Loyola de Albuquerque Melo, de codinome revolucionário Padre Mororó; mártir da Conederação do Equador. Executado por fuzilamento, em 30 de Abril de 1825, no ângulo norte do Paseio Público da cidade de Fortaleza.
O seu pai coronel Félix José de Souza, era filho de Fancisco de Souza Oliveira, aliás, Francisco Loyola de Albuqerque Melo. Se não sabe ao certo, se originário da Paraíba ou de Pernambuco. Irmão de Gonçalo Ignácio Loyola de Albuquerque Melo, o Padre Mororó, secreário do presidente da Província do Ceará, Tristão Gonçalves de Alencar Araraipe quando da Confederação do quando da Conferação do Equador.
É cercada de mistérios a vida de Franscisco de Souza Oliveira, na verdade Francsico Loyola de Albuquerque Melo, pai do coronel Félix José de Souza. Avô do coronel José Porfírio Farias de Souza. Bisavô de Luís Porfírio Farias de Souza.
Refugiado do terror de Estado que fez o inferno das famílias marranas da Paraíba e de Pernambuco. Francisco casou-se, no Ceará, com Agueda Xavier de Mattos Madeira: filha do não menos misterioroso Manuel de Mattos Madeira. Legendário português que se passou à povoação do Riacho dos Guimarães, próximo a Sobral, então Caiçaras.
Diz-nos o Barão de Studart, no seu “Dicionário Bio-Blibliographico Cearense” Vol -I-, pag. 259/260, ao testemunho de Manuel Ximenes de Aragão que, ao morrer Mattos Madeira, verificou-se dos seus papéis tratar-se de um ” alto titular da nobreza de Portugal. Porém, de nome diverso.” Em fuga da ortal preguição que lhe movia o Conde de Oeiras: minstro do Rei Dom José I.
Infelizmente, o linhagista deixou-nos de registrar o seu verdadeiro nome. Quiçá, propositadamente! Hoje eu ando à caça dessas anotações, jamais publicadas, de Manuel Ximenes de Aragão falecido por volta de 1870; para resgate da sua ascendência.
São, ainda, primos em primeiro grau do coronel José Porfírio Farias de Souza: Thomaz Pompeu de Souza, o Senador Pompeu; Milton de Souza Carvalho, presidente do inaugural do conselho de administração da Usina Siderúrgica Nacional; Félix Cândido de Souza Carvalho, desembargador presidente do Trbunal de Justiça do Estado do Ceará, este, por seu turno, cunhado de Maria Elvira de Andrade de Paula Pessoa. Ela, por sua vez, prima do legendário chefe de polícia Vicente de Paula Pessoa: o Vêpêpeia.
São estas as raízes do parentesco dos Ximenes de Aragão com os decendentes do coronel José Porfírio Farias de Souza, tio de Delmiro Gouveia, cujo filho Luís Porfírio Farias de Souza viria casar com Maria das Mercês Alves Feitosa e Castro: filha do coronel Lourenço Alves Feitosa e Castro; patrono do 23.° Batalhão de Caçadores sediado na cidade de Fortaleza.
Lourenço Alves Feitosa e Castro era filho de Luzia Alves Feitosa e Vale e do capitão-mor Lourenço Alves de Castro. Sendo este filho de Leandro Cstódio de Olivira e Castro e neto de Bernardo de Freire e Castro do Engenho Tamatanduba, limítrofe do Engenho Cunhaú de Jerônimo de Albuquerque Maranhão no Rio Grande do Norte. Sendo neto da única filha de Manbuel Martins Chaves, aliás, Manuel Gonçalves Vieira.
Manuel Martins Chaves deixou a cidade de Penedo, Alagoas, por ocasião da morte do seu pai Antônio Gonçalves Vieira: acusado de crime de usura e de ser judaizante. Manuel Martins viria fazer-se o terrível chefe dos Feitosa, no dizer de Henry Koster, em seu “Viagens ao Nordeste do Brasil”.
A região em que se situa a cidade de Ipueiras, Ceará, fez parte da imensa sesmaria que pertenceu a Manuel Martins Chaves, coronel do 5.° Regimento de Cavalria de Vila Nova d’El Rey e presidente do senado da Vila de São João d’El Rey; uma das mais curiosas figuras da história colonial.
Certo dia do ano de 1806, o governador da capitania, João Carlos Augusto d’Oeynhausen Gravemburg, resolveu por fim ao poderio de Manuel Martins Chaves acusado de vários crimes, dentre muitos, o de matar o juiz ordinário Antônio Barbosa Ribeiro.
O certo é que Manuel Martins, querendo ser gentil ao governador, o acompanhou na sua revista por várias pousadas até que, na Serra da Ibiapaba o revés o alcançou. Em uma latada, armada para o refrigério dos oficiais, estava uma coroa depositada sobre uma mesa. João Carlos indagou de Manuel Martins se este sabia a quem pertencia.
Ao que ele respondeu afirmativamente que à sua majestade a Rainha Dona Maria. O governador retrucou para dar-lhe voz de prisão. Manuel Martins foi remetido para Lisboa. Para o terrível encarceramento do Limoeiro: Palácio da Inquisição. Onde morreu dois anos depois; em conseqüência das torturas sofridas.
Postado por: Blog do Mendes e Mendes
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