Com o advento do Estado Novo e da ditadura Vargas, fecha-se o cerco em torno de
Lampião. Com várias cicatrizes de batalhas e a saúde em regressão, o famigerado
guerrilheiro já perdera parte de seu ímpeto combativo e ofensivo. Mormente com
o ingresso de mulheres no bando, já não cortava grandes distâncias,
limitando-se, no final da carreira, a breves incursões nas proximidades do Rio
São Francisco.
reidaverdade.com
O reinado, enfim, tem seu epílogo na grota do Angico (SE) na
fria e chuvosa madrugada do dia 28.07.1938. Coube os louros da façanha ao
Tenente
Tenente João Bezerra
João Bezerra da polícia alagoana e não a tradicionais e eminentes
combatentes como os Nazarenos de Pernambuco ou o Tenente José Rufino da Bahia.
Tenente José Rufino
Guiados pelo coiteiro Pedro de Cândido, que, para tanto, após delação do vaqueiro
Joca Bernardes, havia sido pressionado e torturado, Bezerra, coadjuvado pelo
aspirante Ferreira de Melo e o sargento Aniceto, surpreende Lampião em seu
esconderijo. O combate dura pouco e praticamente não há reação. Zé Sereno, sua
companheira Sila e outros bandidos conseguem fugir, mas o fogo cruzado atinge
em cheio o estado maior do “rei do cangaço”, que morre juntamente com Maria
Bonita, seu lugar-tenente Luiz Pedro e mais oito comparsas. Do lado da polícia,
tomba o soldado Adrião Pedro e o comandante sai ferido sem maior gravidade. As
cabeças dos cangaceiros são decepadas e os corpos deixados insepultos no local.
Como vingança, Corisco, que se encontrava acampado em fazenda na margem oposta
do rio, promove a conhecida “Chacina dos Patos.”
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