Por Anildomá Willans de Souza
Anildomá e Manoel Severo
Observando
bem, poucos são os personagens históricos que saíram do seio do povo, que viveu
humildemente, mas que desafiou todas as instâncias de poder. Foi assassinado,
mas seu nome continua vivo, cantado nos cordéis, no cinema, no teatro, na
gastronomia, na dança, no mundo inteiro.
Os caminhos da
história sempre surpreendem e possibilitam que personagens como Lampião, Padre
Cícero, Frei Damião, Antônio Conselheiro, Zumbi dos Palmares (entre tantos
outros) sejam objeto de estudo e de controvérsias. Fato é que, mesmo 117 anos após
seu nascimento e 76 anos após sua morte, Lampião ainda desperta sentimentos
extremos de admiração e ódio. Afinal de contas, trata-se de um personagem real
e que foi construído rodeado de valores que envaidecem o nordestino: coragem,
valentia, brabeza de cabra macho, obstinação, esperteza, etc.
Sempre que for
citado, Lampião será sempre centro de contradições e de fervorosas discussões,
o que de certa forma contribui para perpetuar sua condição mitológica e
despertar tanto fascínio nas gerações atuais e futuras.
Polêmicas a
parte, seu nome e sua imagem continuarão influenciando a literatura, o teatro,
a música, a culinária, o artesanato, o cinema, pois dentre todos os
aspectos de abrangência da cultura popular é Lampião, sem dúvida, o personagem
mais vivenciado. Sendo assim, não é estranho dizer que Lampião é um bem
imaterial do povo brasileiro e que precisa ser reconhecido como tal.
Salientamos que Lampião, antes de qualquer coisa, é um personagem histórico.
Não é lenda. Não é folclore. É história. E nós não podemos negar a história. A
história a gente não oculta.
Serra
Talhada/PE, 07 de julho de 2014.
ANILDOMÁ
WILLANS DE SOUZA
(Pesquisador
do Cangaço – Secretário de Cultura de Serra Talhada/PE).
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