1ª PARTE !
A trajetória
de minha vida teve lances um tanto anômalas, das demais pessoas em virtude da
condição social que fui criado. Como vocês viram a carta que papai mandou me
entregando ao padre Bulhões, é uma carta belíssima que denota a grandeza de um
pai quanto ao zelo a respeito dos filhos, e o interessante é que ele se
interessa pela educação do filho, se interessa pela religiosidade do
filho, indicando nossa senhora como minha madrinha e, de uma maneira quase que
deselegante, ele faz uma ameaça a quem ele pedia favor..., trate o menino como
se fosse o mesmo capitão Corisco, chefe dos grandes cangaceiros, ele se dizia
assim, mas na verdade queria que o filho fosse educado e, seguisse uma
trajetória totalmente oposta ao que o destino fez com que ele seguisse. De modo
que, ao ser entregue ao padre Bulhões, fui criado com esmero, foi montado uma
árvore genealógica, absolutamente normal, porque eu tinha a minha querida mãe,
a irmã do padre
Sílvio Bulhões e Maria Angélica Bulhões
Maria Angélica Bulhões, conhecida como Liquinha, eu tinha um
pai que era o Eugênio Bulhões, eu tinha avô e avó, a avó era a mãe Sofia a mãe
do padre, o avô era um irmão do padre..., eu tinha tios, tia, primos, toda
estrutura eu tinha a minha disposição, de modo que surgiu um fato muito
desinteressante quando eu comecei a entender de gente, aí na idade dos meus 3
anos, por incrível que pareça, que é quando eu passava e falavam que era filho
de Corisco, a minha resposta era com uma palavra de baixo calão que até se
admirava uma criança naquela idade saber tantas palavras feias para externar o
seu ódio por chamá-lo de filho de Corisco.
Fonte: facebook
Página: Adauto Silva
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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