Material do acervo do pesquisador Raul Meneleu Mascarenhas
O porquê
de temer ideias, faz que o homem demore mais para sair do atraso. Abaixo
vejo dois estudiosos do tema 'Cangaço' trazerem à luz depoimentos
importantes e serem contestados e também elogiados.
A contestação
é legítima e pode ser usada por quem não concorde com o que está sendo
apresentado, mas desde que usemos contestações sérias e não diminuindo
propositalmente as ideias encontradas do estudioso e nem ferindo a pessoa
com palavras duras.
O estudioso,
o pesquisador, apenas transmite o que encontra. Costumo dizer que o pesquisador
e estudioso não pode deixar entrar nos critérios encontrados, palavras de
emoção defensora ao transmitir o que encontra. Pode até emocionar-se com o
achado, mas só depois de pesquisar melhor o assunto, vir a defendê-lo.
O pesquisador
simplesmente passa o que encontra e pode até mesmo levantar
questionamentos. Querem ver?
Por exemplo, o
artigo do jornal O Globo de 04/10/38 quando entrevistado, José Bezerra disse
algumas palavras que podemos levantar contestações, que podem até ser
respondidas, mas o que se encontra na entrevista, pode e deve ser contestado:
"Eu
estava ainda bastante cansado. Reuni o meu pessoal e perguntei por
"Lampião". Um deles, um soldado de nome Soares que em outros tempos
fora seu coiteiro e que depois se regenerou e passou para o lado da lei,
disse-me.
- Capitão este
aqui é "Lampeão".
- O que está
dizendo rapaz, tem certeza?
- Absoluta,
capitão, não posso me enganar. É ele sim...
Inútil seria
descrever a alegria e a satisfação de que me vi possuído. Esqueci por alguns
momentos a dor que sentia no braço, causada pelo ferimento que recebi em
combate e esfreguei as mãos de contentamento. Imediatamente ordenei que fossem
decepadas todas as cabeças e iniciar a marcha de regresso ao mundo
civilizado."
Como o homem
que perseguira Lampião por tanto tempo, não conhecera seu cadáver? Alguns podem
até justificar e dizer que a morte muda a pessoa. Outros poderão até mesmo
dizer que ele, Lampião recebera um tiro na cabeça. Mas vejam abaixo a foto da
cabeça! Vejam o tipo do cabelo! Vejam a orelha de abano! Vejam o nariz! A
cabeça chata na morte e em vida a cabeça comprida!
Uma pena que
não tenhamos os exames de DNA como garantia. Não se trata de achar que
toda a cadeia de informações tenham sido um logro arquitetado. Pode ter
havido enganos, desde a identificação do corpo pelo soldado Soares, até os
comparativos posteriores.
Mas o
interessante é que estado da cabeça de Lampião (abaixo) ao ser
entregue à família, para ser enterrada, parecia bem mais com as fotos dele
quando vivo.
Podemos
levantar muitas questões e essas podem ser respondidas com argumentos positivos
e negativos, pois os temas cangaço e Lampião, tem variantes mil. Mais uma vez
esse tema para mim surge, com a postagem no Facebook feita por nosso amigo
Cangaceiros Cariri, finalizando o pôster com as palavras "VALE A PENA VER
DE NOVO" remetendo para
o link do artigo abaixo transcrito. Mais abaixo dos comentários desse
artigo "Porque a reunião no coito do Angico?" e
comentários dos leitores. Transcrevo também um bom artigo com reservas, para a
morte de Lampião, "VERDADE OU MENTIRA?" do Blog do
Haroldo de Queimadas-BA. e comentários de seus leitores também.
O TEMA É RICO,
NÃO PRECISAMOS ESTREITAR O DEBATE.
NO DEBATE CONSTRUÍMOS!
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