Cabeleira é o
apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era
naturalmente bom, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, a ser cruel. Junto
com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, assim como vários outros comparsas,
Cabeleira aterroriza a província de Pernambuco em 1776 (exatos 100 anos antes
da publicação do romance). Mas quando ele reencontra Luísa, foge com ela e
começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda tentar se defender
violentamente. Luísa acaba morrendo logo após a fuga, pois estava ferida, e
Cabeleira é preso, fraco, faminto e desarmado, num canavial. José Gomes é
executado junto com seus antigos comparsas apesar dos apelos da mãe de que a
ele servia melhor a penitenciária pois estava reformado.
O romance
acaba com o autor atacando a pena de morte. A obra inicial da "literatura
do Norte" que o autor pretendia fazer, O Cabeleira começa o Regionalismo
na nossa literatura e apresenta marcantes qualidades tanto do Romantismo quanto
do Naturalismo. Cabeleira é um homem naturalmente bom (como acreditavam os
românticos) que é corrompido pelo pai e pelo meio (característica dos
naturalistas), age várias vezes por instinto (Naturalismo), mas reforma-se pelo
todo-poderoso amor (Romantismo). As mulheres são todas boas (Romantismo), os
homens reúnem defeitos e qualidades (Naturalismo) e o protagonista vive
perseguido pelo conflito interno. (Uma tendência mais realista esta última; os
realistas tinham preocupações sociais como o anteriormente referido ataque a
pena de morte.)
Fonte: facebook
Página: Guilherme Machado
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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