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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A VELHA BODEGA DE SEU ANTONIO SIQUEIRA DA MISSÃO NOVA*

Por José Cícero da Silva

Nunca me esqueço do Seu Antonio Siqueira... da sua bodega do designer do seu belo balcão de cedro curvado e liso pela ação dos anos. 


Do seu jeito manso, austero e fino - o homem mais bem informado daquele lugar num tempo em que até o rádio era um privilégio para poucos. 

Menino curioso sempre o escutava contando as notícias que ouvia no seu aparelho de válvulas para o povo da comunidade. Todos o tinha como um delegado (juiz de paz) resolvia muitas encrencas entre os matutos com a tenacidade da sua voz embasada no bom conceito que detinha. Era uma uma figura singular e respeitado por todos. 

Longe e já homem feito fiquei profundamente triste quando soube que morrera tragicamente em MV num acidente rodoviário. Triste fiquei igualmente quando estes dias vindo do Juazeiro onde fui escolher um carro resolvi à francesa entrar na Missão Nova. O pequeno povoado dantes alegre em que vivi parte importante da minha infância. 

contudo fiquei desolado quando não avistei o velho prédio da sua bodega(agora totalmente descaracterizado, tampouco a casa da minha vô), nem o brejo, nem as árvores, nem a cacimba, nem o engenho, nem a levada-riacho que trazia a água do pé da serra, nada... apenas a capela ainda está lá quase como no passado agora com um Santo Antonio(assim como eu) meio desolado pela saudades de um passado que não voltará jamais. 

M. Nova agora é apenas uma grande lembrança que nunca me deixará; onde quer que eu vá, onde quer que eu ande. 

E seu Antonio Siqueira seguramente é parte desta minha história, dentre tantos outros personagens da velha Missão Nova que não existe mais.

JC - Aurora-CE

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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