Por José Cícero da Silva
Do seu jeito manso,
austero e fino - o homem mais bem informado daquele lugar num tempo em que até
o rádio era um privilégio para poucos.
Menino curioso sempre o escutava contando as notícias que ouvia no seu aparelho de válvulas para o povo da comunidade. Todos o tinha como um delegado (juiz de paz) resolvia muitas encrencas entre os matutos com a tenacidade da sua voz embasada no bom conceito que detinha. Era uma uma figura singular e respeitado por todos.
Longe e já homem feito fiquei profundamente triste quando soube que morrera tragicamente em MV num acidente rodoviário. Triste fiquei igualmente quando estes dias vindo do Juazeiro onde fui escolher um carro resolvi à francesa entrar na Missão Nova. O pequeno povoado dantes alegre em que vivi parte importante da minha infância.
contudo fiquei desolado quando não avistei o velho prédio da sua bodega(agora totalmente descaracterizado, tampouco a casa da minha vô), nem o brejo, nem as árvores, nem a cacimba, nem o engenho, nem a levada-riacho que trazia a água do pé da serra, nada... apenas a capela ainda está lá quase como no passado agora com um Santo Antonio(assim como eu) meio desolado pela saudades de um passado que não voltará jamais.
M. Nova agora é apenas uma grande lembrança que nunca me deixará; onde quer que eu vá, onde quer que eu ande.
E seu Antonio Siqueira seguramente é parte desta minha história, dentre tantos outros personagens da velha Missão Nova que não existe mais.
JC - Aurora-CE
Fonte: facebook
Página: José Cícero Silva
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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