Por Antonio Alves de Morais
Para ler a
parte I e II clique nestes links:
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É Taveira quem
fala, retomando o fio da narração: Cedinho ainda, na Fazenda Minadouro, tipo
alto, alourado e robusto, selava o cavalo para as costumeiras andanças pelo
campo, no trato do gado. Com a aproximação inesperada do irmão, perguntou: O
que houve, João? Você por aqui tão cedo?
Fui
desmoralizado pelo o velho Ioiô. Contou toda historia da faca, no fim da qual o
irmão pergunta indignado: Mas o velho Ioiô fez isso com você? Realmente estamos
desmoralizados, mas, nós vinga. A seguir retirou a sela e amarrou o animal num
mourão.
A decisão era
irreversível Bom de Veras, em companhia do irmão foi a casa do Dino,
agricultor residente nas proximidades, a quem comprou um rifle papo-amarelo e
muita munição. Colocou a carucheira à cintura e, em seguida, deu três pulos
mortais, um para frente, outro para traz e um terceiro para o lado, Isto ele
costumava fazer para divertir o povo nas festas do Padroeiro. Finda a
acrobacia, exclamou Bom de Veras:Fui vaqueiro... Agora sou cangaceiro.
Penetrando numa vereda, desapareceu junto com o irmão. Durante oito dias
ninguém teve notícias deles.
Certa noite,
conta Taveira - estando na minha casa, ouvi barulhos nas proximidades. A
criação, assustada, denunciava algo de anormal. Saí. Eram os irmãos Marcelino.
Ao ver-me, Manuel perguntou pelo velho Ioiô. Respondi-lhe que estava na rua.
Saíram. Minutos depois, ouvi tiros. Disse para minha mulher maria: Os meninos
estão matando o velho Ioiô. Desta feita, entretanto, não mataram o Delegado:
deram-lhe a maior surra da paroquia. Cheio de escoriações, o velho IoIô foi
curtir em casa a grande surra dos Marcelino.
Passado o
efeito daquele episodio, Ioiô Peixoto, contratou um pistoleiro. Negro forte e
perverso, de nome Felizardo, passou a ser o mais comentado protetor do Delegado
de Caririzinho. Quando tomava seus pileques, era verdadeira onça, a ponto de
arrancar, com as unhas, carne do próprio rosto, num sadismo assustador e
repugnante. Era uma fera esse Felizardo.
Andanças e
lembranças.
CONTINUA...
CONTINUA...
Enviado pelo
repórter e pesquisador Antonio Morais
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