Por Geraldo Maia do Nascimento
Nasceu
em Martins/RN a 31 de janeiro de 1871. Aos 19 anos deixou o rincão nativo onde
iniciara seus estudos elementares, com professores que eram grandes expressões
no campo do conhecimento e das letras, como foram os doutores Bainor Fernandes,
João Antunes de Alencar e Manoel Moreira Dias, vindo para Mossoró em busca de
oportunidades. Com inteligência, trabalho e dedicação, conseguiu formar a sua
personalidade e conquistar seu espaço na sociedade mossoroenses.
Bento Praxedes Fernandes Pimenta - oestenews-mossoro.blogspot.com
Casou-se com dona Pautila Praxedes de Oliveira, filha do Cel. Francisco Gurgel de Oliveira, importante chefe político que tinha sido líder do Partido Conservador, com quem manteve sempre estreitos laços de amizade. Desse consócio nasceram quatro filhos, tendo falecido um deles.
A
boa convivência que mantinha com o Cel. Gurgel, \\\"viria a se tornar uma
das poderosas influências junto aquela destacada figura, cujo prestígio viera
do Império e se projetara nos dias da República. Sua ação passou, assim, a
tomar lugar nas mais importantes deliberações do velho chefe sertanejo,
tornando-se individualidade marcante nas decisões do seu partido onde era
ouvido com acatamento e considerações\\\", segundo as palavras do escritor
Raimundo Nonato. Seu destino não poderia ser outro que não a carreira política,
se tornando chefe político em Mossoró na sucessão, por morte, do seu sogro.
Homem de talento, inteligente, de palavra fácil, deixaram fama os seus
discursos, os vibrantes improvisos e os brindes que sabia levantar com
elegância e comedimento de palavras e de elogios.
A sua vida foi bem um exemplo de dignidade, de critério, de lealdade, de filantropia e muito especialmente como chefe de família. Foi administrador da Mesa de Rendas Estaduais de Areia Branca, primeiro escriturário do Tesouro do Estado e Coletor Federal de Mossoró. \\\"A tolerância foi seu escopo principal e não poucas vezes as aclamações que subiam até o chefe partiam de amigos e adversários\\\".
Como
jornalista fundou e dirigiu o \\\"O Comércio de Mossoró\\\", que
circulou de 17 de janeiro de 1904 a 17 de dezembro de 1917. Era um jornal de
feição própria, de colaboração séria, com programa, orientação e rumo
definidos. Mesmo no ostracismo partidário, sua influência era benéfica,
tornando-se uma fisionomia indispensável na recordação social e política de
Mossoró.
Faleceu
em Mossoró a 29 de abril de 1922. E apesar dos cargos que ocupou, da sua
influência política e até mesmo do jornal que tanta projeção lhe deu, morreu
pobre. Não deixou mais que um passado honroso para sua família. Seus amigos
construíram um túmulo para guardar os restos mortais daquele que inúmeros
benefícios prestou à coletividade mossoroense. \\\"Alma boa, coração
bondoso, viveu uma vida de homem pobre, deixando a sua morte a mais desolada
saudade\\\" - dizia \\\"O NORDESTE\\\" na sua edição de 14 de
fevereiro de 1928, publicando a relação nominal dos amigos de Bento Praxedes
que contribuíram na construção do túmulo.
Pelas
suas qualidades de homem honrado e prestativo, bem que poderia se aplicar
aquela famosa frase latina: \\\"Perfransit benefaciendo\\\", que
traduzindo explica bem o que ele fez de fato: \\\"Passou a vida praticando
o bem\\\".
A
Cidade de Mossoró o homenageou empestando seu nome a uma praça do centro da
cidade.
Para
saber mais sobre a História de Mossoró visite o blog: www.blogdogemaia.com.
Geraldo
Maia do Nascimento
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