Na foto, o sertanejo Pedro da Silva, do Cariri Paraibano (Amparo). Ele está na Tese.
Entre os
espinhos dos cactos vorazes; sob um sol inclemente, abrasador e causticante;
sobre os cascalhos e os tocos pontiagudos; acariciado pelas flores perfumadas,
pelas asas de seda das borboletas multicores e pelos cantos dos pássaros; o
sertanejo se faz terra e se transforma no imenso corpo do sertão. Envolto de
esperança e desilusão, mergulha em si mesmo, procura o equilíbrio da existência
diante de uma natureza impiedosa e acolhedora, a qual afeta a sua vida sensível
com os movimentos, cores e sons da caatinga. Atordoado pelas contingências dos
dias vindouros, reinventa-se a todo instante; adapta-se, constrói relações com
os vegetais, minerais e os outros animais; elabora a beleza da expressão
artística por meio de uma cultura diversificada e vive na eterna busca de um
sentido de convivência compartilhada, numa terra onde os excessos e as faltas
fazem parte do cotidiano.
Gilmar Leite
Ferreira.
Fonte: facebook
Página: Gilmar
Leite
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário