Por Sálvio Siqueira
Bom dia, meus
amigos!
A passarada
havia emudecido seu canto, os mocós, preás, tatus, pebas e outros animais, procuram
suas locas e escondem-se todas as manhãs eles agradeciam os primeiros raios de
sol em seu habitat nas encostas ao longo do riacho angicos, em terras
sergipanas. Naquela manhã, 28 de julho de 1938, mudaram tudo, devido ao
ensurdecedor barulho de estampidos sequenciais por vários minutos.
Após a volante
comandada pelo tenente João Bezerra eliminar o "rei do cangaço", sua
"rainha" e mais nove companheiros, corta seus pescoços, deixa seus
corpos no leito do riacho e levam suas cabeças para a cidade de piranhas, em
solo alagoano.
A notícia da
façanha se espalha pelos municípios e estados do país são enviadas várias
pessoas para comprovarem o acontecido. Jornalistas, autoridades e outros,
chegam a grota que serve de sepulturas aos corpos sem cabeças para registrarem
a macabra cena.
Em um registro
muito especial, são identificados aqueles que, de certa forma, contribuíram
para a realização do ato... identificando os coiteiros Pedro de Cândido e seu
irmão Durval Rosa... algumas pessoas usam lenços, na tentativa de amenizar o
forte odor exalado pelos corpos em estado de putrefação... todos acompanhados
por uma volante, também vemos utensílios usados para transportarem a cal e/ou a
creolina, que com certeza, foram lançadas em cima dos corpos para diminuir a
fedentina.
Dr Rubens Antonio, o
qual chamo de "o mago dos pincéis", faz um excelente trabalho de
colorização digitalizada na imagem da cena macabra, trazendo-nos a imagem o
mais próximo possível da realidade, na época.
Estirado no
duro solo pedregoso do riacho angico, encontra-se o corpo sem cabeça daquele
que, um dia, fora o terror dos sertões nordestino.
Também levamos
aos amigos, parte da entrevista dada pelo comandante da volante ao jornal
"A Noite", na época do ocorrido.
Fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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