A 05 de
fevereiro de 1927, Lampião encontrava-se na Fazenda de Antônio da Piçarra entre
Macapá (Atual Jati/CE) e Brejo Santo, quando chegaram Ezequiel e Virgínio trazendo
notícias detalhadas da prisão de seus parentes e amigos. Exposta a situação em
que se encontravam, Ezequiel e Virgínio pediram para entrar no Bando. Lampião
foi contra. Eles insistiram dizendo que não tinham para onde ir. Tanto
insistiram, que Lampião acabou concordando.
Ezequiel tinha
acabado de fazer quinze anos de idade. Lampião pôs nele o apelido de “Ponto
Fino”, alcunha de um cangaceiro que morrera queimado, poucos dias antes, na
incursão por Alagoas, mas o apelido não vingou. Apesar do apelido sugestivo,
Ezequiel nunca chegou a ser um bom atirador, ao contrário do que dizem
unanimemente todos os autores do cangaço. Ele quase não participava dos
combates. Seu papel no bando era Guarda-Costas do irmão, do qual não se
separava um instante sequer, como se fosse sua sombra.
Se Lampião
queria tirar um cochilo, por exemplo, Ezequiel ficava o tempo todo ali por
perto, atento. Encarregava-se também de vigiar reféns para que não fugissem.
Não há registro de ser autor de uma morte sequer. Talvez nunca tenha atirado em
alguém.
Virgínio,
apesar de viúvo, era um rapazola. Em virtude da pouca idade, puseram nele o
apelido de “Moderno”, apelido que também não vingou.
Fonte: Livro
“LAMPIÃO – A RAPOSA DAS CAATINGAS” de José Bezerra Lima
Irmão
Transcrito
por: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo).
Fonte: facebook
Página: Geraldo JúniorO Cangaço
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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