“Foi uma boa
tática que eles (cangaceiros) prepararam, entraram por cima do banco de
macambira, sendo que o outro lado era limpo. Eles prepararam tudo para acabar
com toda a força toda e foi o maior desastre que eu já vi, ninguém podia se
defender. Não teve pau que não ficasse descascado de bala, tudo ali ficou com
as marcas de bala. Tinha um burro que vinha trazendo uma carga d’água para os
cangaceiros, amarrado num Umbuzeiro, e não levou nem um arranhão. Foi a
coisa mais feliz que eu já vi.
No outro dia, esse
burro serviu para carregar os mortos (Soldados) da Fazenda Maranduba. Os
baleados foram carregados pelos companheiros, e outros que já caminhavam,
andavam devagar.
Os mortos eram
transportados dois de um lado, dois do outro, e um atravessado no meio. Foi a
carga mais feia que eu já vi. Demorei muito para esquecer aquela cena: braços
e pernas balançando no compasso do animal”.
Do livro
“LEMBRAR E ESCREVER, NÃO É SÓ QUERER...” das memórias do “Nazareno” Manoel
Cavalcanti de Souza “NECO DE PAUTÍLIA”.
Obs: O Combate
da Maranduba ocorreu em 09 de Janeiro de 1932 e foi um dos mais ferrenhos e
sangrentos combates ocorridos entre Volantes e Cangaceiros. A vitória foi
cangaceira.
Fonte: facebook
Página: Geraldo
Antônio de Souza Júnior (Administrador)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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