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terça-feira, 24 de novembro de 2015

BOTIJAS DE LAMPIÃO

Por Sálvio Siqueira

No Sertão sempre escutamos contos, estórias, de pessoas que sonharam com “alguém” que morreu e veio lhe doar algo.

Dizem por aqui que quem em vida enterrou coisas de valores matérias como jóias, dinheiro, talheres de prata ou ouro, etc., voltam para que outra pessoa as desenterre.

Isso já faz parte do folclore, não só do nordeste, mas, creio, que de boa parte da população do planeta.

Também não sei se é só ‘crendice ou realmente algumas pessoas desenterram coisas de valore. Mas, que de vez em quando aparece o chão de uma cozinha no pé de um pote, um buraco, assim como no pé de alguma árvore frondosa próximo ao ‘terreiro’ da cozinho de alguma casa sede antiga.


No tempo do cangaço inúmero foram as pessoas que enterraram seus pertences de valores para que cangaceiros e volantes não as ‘levassem’ delas. O local, ou locais, era sempre próximo a algo ou alguma coisa que ‘marcasse o local, para que não se esquecessem onde estava ‘seu tesouro’.

O “Rei Vesgo”, quando chega no Estado baiano, sem saber ao certo o que iria encontrar pela frente, coloca suas “economias’ dentro de um alforje de couro e o enterra, em sentido temporário, nas quebradas da serra do Tonã. Depois, já tendo sondado o ‘terreno’, as recolhe e coloca em potes de barro, enterrando-os no grande vasto do Raso da Catarina, “(...)adotando o mesmo sistema que usara no outro lado do rio São Francisco – botijas enterradas em pontos diferentes para maior segurança(...)”. 

Coronel Petronilo de Alcântara - http://lampiãoaceso.blogspot.com

“Quando Lampião conheceu o Coronel Petronildo de Alcântara, poderoso fazendeiro conhecido por Coronel Petro, apresentado pelo vigário de Glória, o padre Emílio Moura Ferreira, o coronel ficou bastante assombrado com a quantidade de dinheiro que Lampião lhe mostrou, só notas graúdas, afirmando que tinha trazido para a Bahia três coisas: fome, nudez e dinheiro. Como Petro era homem ganancioso, convidou Lampião para investir em sociedade, na compra de fazendas. Lampião satisfeito, passou às suas mãos aquela dinheirama toda. (livro "Lampião, seu tempo e seu reinado", Padre Frederico Bezerra Maciel, livro 4 “A Campanha da Bahia”).


“(...)Os moradores da região do Raso da Catarina dizem que Lampião galopa constantemente em um cavalo branco, cantando “Mulher Rendeira” por trás dos serrotes, “aperreado” por algumas botijas encontrarem-se ainda enterradas, ele vagueia em noites de lua(...)”. (meneleu.blogspot.com // Postado por RAUL MENELEU às 12:43)


Fonte/fotos Blog Ct.

2ª Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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