Por Clerisvaldo B.
Chagas, 13 de junho de 2016 - Crônica Nº
1531
Para a
sensibilidade de Remi, Ferreirinha, Daniel e Mendes
Contato direto
com o autor: clerisvaldodaschagas@gmail.com
Esse anoitecer
tristonho
Essa madrugada
fria
O sofrimento
do dia
Essa esperança
no sonho
Esse recato
bisonho
À tarde que
não tem flores
Recordações de
amores
Esse meu vale
sem cor
Cante, cante,
cantador
Na trilha das
minhas dores.
Os caminhos
mais escuros
As noites mais
tenebrosas
O murchar das
minhas rosas
Os sonhos mais
obscuros
As tranças que
descem muros
Como
fogo-corredores
Suspiro e ais
lutadores
Do tempo
devorador
Cante, cante,
cantador
Na trilha das
minhas dores.
Não o imenso
azulado
Mas os nimbos
de ameaça
Não o reforço
da graça
Nem o céu mais
estrelado
Mas o amor
retocado
Entre vinho e
dissabores
Lobos
ameaçadores
Que uivam no
cobertor
Canta, cante
cantador
Na trilha das
minhas dores.
Ver às sendas
vegetais
O esconso e o
espinho
O esfarrapado
ninho
Dos antigos
madrigais
Os galhos
marrons ou mais
Que pendem,
mas sem pendores
O concriz dos
sonhadores
Que se tornou
chorador
Cante, cante,
cantador
Na trilha das
minhas dores.
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