Por Padre
Luiz Ximenes
Se
eu fosse um trem, garanto que eu seria
um
trem daqueles velhos trens de outrora!
A
uma estação eu nunca chegaria
senão
depois de ter passado a hora.
O
melhor da estação está na espera
do
trem que vai passar e que atrasou.
Se
eu fosse mesmo um trem (ah, quem me dera!)
eu
seria esse trem que não passou...
Eu
seria esse trem retardatário,
cheio
de lassidão, trem proletário,
que
o povo espera sempre na estação,
numa
esperança sempre renovada,
de que esse trem lhe traga na chegada,
de que esse trem lhe traga na chegada,
um
pouco de alegria ou de ilusão.
Padre
Luiz Ximenes, antigo vigário da cidade de Santa Quitéria
Obs.:
Soneto de autoria do padre Luiz Ximenes gentilmente enviado por e-mail pelo
amigo Joab Aragão, filho dileto de Sobral/CE, conterrâneo de Benedito
Vasconcelos Mendes, Belchior e Renato Aragão
Biografia
Padre Monsenhor Luiz Ximenes
Monsenhor Luís
Ximenes nasceu em Camocim em 05 de novembro de 1926 e batizou-se
quinze dias depois. Filho de maquinista, desde cedo desenvolveu o seu gosto por
trens, desenvolvendo uma "alma ferroviária" que, ao longo do tempo, o
fez colecionar quase tudo que se referisse ao tema e escrevesse alguns livros
tendo os trens como temática. Sua coleção hoje está organizada em um museu na
cidade de Santa Quitéria, onde foi pároco por mais de 40 anos e venerado pela
população católica. Luís Ximenes se ordenou padre em 30 de novembro de 1952,
rezando sua primeira missa em 03 de dezembro de 1952. Como pároco de Santa
Quitéria, respondeu ainda pelas paróquias de Hidrolândia e Catunda.
Faleceu em 04 de outubro de 1994, após oficiar uma missa, no dia de São
Francisco. Seus restos mortais estão na Igreja Matriz de Santa Quitéria, onde,
bastante reverenciado, muitos fiéis já testemunharam graças alcançadas em seu
nome e até aposição de ex-votos já se observa no local. Em conversa com
familiares dele em Camocim, disseram que o mesmo nasceu na Rua do Egito (atual
24 de Maio), próximo ao pátio da Estação. Seus pais foram Raimundo Freire da
Silva e Maria Ximenes, tendo como avós paternos Antonio Freire da Silva e
Teresa Ximenes; e avós maternos Manoel Ximenes Aração e Maria Ximenes Aragão.
Abaixo uma das suas poesias que reputo a mais bela de todas: http://culturadoceara.blogspot.com.br/
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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