Por Sálvio Siqueira
Manoel de
Sousa Neto foi um marco entre aqueles que combateram o banditismo nos sertões
nordestinos, no tempo do cangaço, mais especificamente na fase lampiônica,
1919/1938.
Mané Neto,
como era chamado por muitos, fez parte de uma ‘tropa’ de combatentes vingada
dos filhos da região de Nazaré do Pico, distrito de Floresta, no Sertão do
Pajeú pernambucano, chamados de “Os Nazarenos”.
Na verdade, as
coisas começaram a ficar bem apertadas para o “Rei dos Cangaceiros” depois que
foi formada essa Força Volante, que era composta por Praças e voluntários,
contratados, que se dispusera a caírem no ‘mundo da caatinga’, em perseguição
aos bandos de cangaceiros.
Antes da
formação da mesma, o governo pernambucano envia várias colunas da Capital com a
missão de combater o banditismo no interior do Estado. Porém, a formação desses
soldados nada tinha haver com a realidade do particular que consiste o bioma
caatinga. Muitos ficaram fora de ação sem nem mesmo entrarem em combate contra
os inimigos... Bem, isso é um assunto extenso que carece não uma, mas, várias
matérias sobre o mesmo.
Manoel de Souza Neto nasceu na fazenda Algodões, no município de Floresta, PE,
no dia 1º de novembro de 1901. Era primogênito de oito irmãos, “Auta, Amerina,
Filomena; Alonso, Afonso, Ancilon e Arcôncio”, filho do Sr. Gregório Nogueira
do Nascimento e de dona Maria Mendes de Sá. Tendo como avós paternos o casal
Manoel de Souza Ferraz e dona Florência Filismina de Sá, e maternos o Sr. José
Vitoriano de Sá e dona Ana Mendes de Sá.
Seu bisavô
materno, Antônio Mendes de Sá, ver-se envolvido em uma séria intriga, lá pelos
idos de 1865, quando o mesmo morava na beira do “Velho Chico”, e acaba sendo
preso. Seus inimigos eram tão ferrenhos e sanguinários que arrobam a cadeia e o
arrancam de lá. Depois o sangram por vingança.
Quando se
inicia a década de 1920, mais precisamente no ano de 1922, segundo a escritora Marilourdes Ferraz ,
Mané Neto viaja para a cidade de Rio Branco, hoje Arcoverde, PE,levando peles
de animais para serem vendidas. No entanto, ele estende sua ida até a Capital
do Estado e, seguindo o exemplo de Arcôncio de Sousa Ferraz, terceiro filho do
casal Gregório Nogueira e Maria Mendes, seu irmão, se alista na Força Pública.
Participou de
vários combates contra cangaceiros tais como o da Caraíba, da Tapera, da
Favela, da Serra Grande, da Maranduba... entre tantos outros. Ficando na
história do Fenômeno Social como um dos mais ferrenhos perseguidores de
Lampião. Aposenta-se como coronel da PM-PE. Foi Delegado e Prefeito.
Manoel Neto
não casou, mas, deixou filhos com a senhora Otacília Gomes de Sá, que segundo o
escritor Leonardo Ferraz Gominho, em seu livro “Floresta – uma terra, um povo”,
Vol. 15 da Coleção Tempo Municipal (FIAM – Governo do Estado de Pernambuco),
foram Margarida Maria Siqueira Campos e Manoel Gomes de Souza. Ela constitui
família e gera oito filhos, ele, casa-se com Josefa Ester de Araújo, tendo onze
herdeiros que são “Maria Cícera Araújo Souza Marques (casada com Rinaldo Leite
Marques de Sá, é a mãe de Raniere,de Krausia e de Rinaldo Júnior), João Gomes
de Araújo, Sandra Araújo Souza Torres, Olga Maria Gomes Araújo Pires (mãe de
Washington e de Letícia), Margarida Gomes Araújo,Filomena Gomes de Araújo,
Carlos Vital Gomes de Souza, José Gomes Araújo, FranciscaAraújo Gomes Nunes,
Emílio Gomes de Souza e Maria das Dores Araújo Souza.”
“Às 7 horas e
45 minutos do dia 3 de novembro de 1979, no Hospital da Polícia Militar, no
Derby (Recife). Seu corpo foi levado para sua terra natal, sendo sepultado no
cemitério de Nazaré.”
Fonte
“Floresta – uma terra, um povo”, Vol. 15 da Coleção Tempo Municipal (FIAM –
Governo do Estado de Pernambuco) – Leonardo Ferraz Gominho
araujo.eti.br
Foto lampiãoaceso.com
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Marcos De Carmelita Carmelita
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