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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

CANGACEIRO PANCADA

Por Noádia Gomes

Se chamava Lino José de Souza e era filho de José Teixeira de Souza e de dona Delfina Maria da Conceição. Natural de Santo Antônio da Glória, Bahia. Se tornou cangaceiro com 20 anos segundo depoimento do próprio ao Jornal A Noite, tendo permanecido 7 anos no Cangaço. Seu pai foi coiteiro de Lampião. 


Segundo Pancada entrou para o Cangaço para não ser perseguido pelas volantes, devido seu pai ser coiteiro. Existe outra versão de que o mesmo assassinou um soldado e foi pedir a Lampião para se tornar cangaceiro de seu bando, sendo atendido. Posteriormente se tornou chefe de seu próprio subgrupo. Mas não obteve grande destaque. 

Teve conturbado relacionamento com a Maria Jovina a quem já conhecia antes, mesmo de se tornar cangaceiro. O relacionamento desse casal foi marcado por traições de Maria Jovina e muito ciúme por parte desse cangaceiro, que às vezes, a tratava de forma violenta. 

Após a morte de Lampião se entregou em outubro de 1938 com seu subgrupo em Poço Redondo, Sergipe, a volante do sargento Juvêncio. De lá, foram encaminhados para Santana do Ipanema. Na ocasião das entregas Maria Jovina estava grávida de Pancada e falou do desejo de casar com o mesmo e ter uma vida digna. 

Pancada e seu subgrupo causaram grande curiosidade à população que queria ver e fazer perguntas aos cangaceiros, enquanto os mesmos estavam presos.

Fonte de Pesquisa: Jornal A Noite do dia 14 de novembro de 1938.

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