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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

UM ABRAÇO (E BEM APERTADO) EM SÔNIA GODOY

*Rangel Alves da Costa

Sônia, ontem eu lhe dei um abraço e um carinhoso beijo na testa, mas hoje, em palavras, quero parabenizá-la por mais este natalício em sua vida. Na verdade, em você parece que o tempo apenas passa e a idade é coisa que tanto faz. A mesma Sônia, de sempre e sempre.

Confesso, então, o imenso orgulho que sinto e o prazer sempre revigorado em ter Sônia Godoy como amiga, confidente, uma mão sempre estendida, uma voz sempre apta a se expressar em lições e conhecimentos. E cuja presença sempre vem acompanhada de força e determinação.

Alagoana de nascimento, mas filha de Poço Redondo por devoção e amor, Sônia Godoy no sertão sergipano aportou como se o destino lhe reservasse as terras de Zé de Julião como seu novo lar. E em lar Poço Redondo se transformou desde aqueles idos e para o sempre na sua vida.

Ora, Sônia é de família de extensas e profundas raízes não só em Alagoas como em Pernambuco. Os Godoy e os Honorato são troncos familiares de reconhecida pujança nos sertões nordestinos. Mas Sônia deixou sua Pão de Açúcar para viver e frutificar no sertão sergipano, em Poço Redondo.

Em Poço Redondo levantou parede, formou família, caminhou em passos firmes perante os seus objetivos. Depois de sua chegada, nada na vida do município passou sem a sua ativa presença. Já avó e ainda continua afoita, politiqueira, irrequieta, buscando sempre novas transformações.

Por longos anos foi apenas professora, por muito tempo foi apenas política, chegando à vereança municipal, mas durante todo o tempo, ao lado da cordial e bondosa amiga, foi também a voz que nunca calou diante das mazelas e dos absurdos.

A verdade é que Sônia Godoy se tornou não só útil como de fundamental importância na vida de Poço Redondo e sertões adentro. Pela sua luta e sua voz, pelo seu destemor e inteligência, sempre foi reconhecida e valorizada pela classe política e lideranças de Sergipe.


Sônia é daquelas pessoas que chamam o outro num canto e confessa, sem meias palavras, sua ira ou seu contentamento. Basta chamar que ela vai, que ela atende, mas não espere que ela simplesmente vá dizer o que ao outro agrada. É mulher da verdade.

Talvez tivesse sido por isso que meu pai Alcino sempre teve profunda amizade por Sônia. De Alcino ela foi amiga e conselheira, jamais dele se afastou ou deixou de estar ao seu lado nos momentos mais difíceis. Foi como uma enfermeira e uma mão carinhosa.

Eu sempre fui amigo de Sônia não por que ela era e continua amiga de meu pai, mas pelo reconhecimento que sempre tive de seu posicionamento diante das diversas situações da vida. Ela sempre me incentivou nos meus pleitos, sempre garantiu presença ao meu lado naquilo que eu precisasse. E de vez em quando nos encontramos para colocar em dia os novos e velhos assuntos.

No mesmo passo de Sônia, muitos de seus familiares passaram a ter Poço Redondo como moradia e construção de vidas. Zé Honorato e Joãozinho, seus irmãos, hoje são tão poço-redondenses como os nascidos na terra. Solange também morou e ensinou em Poço Redondo. Sua irmã Socorro adorava reencontrar seus velhos amigos sertanejos.

Suas filhas Viviane e Taysa são pessoas maravilhas. Seus netos Arthur e Heitor são umas lindezinhas sertanejas. Sua inseparável Lurdinha representa a feição da mais fiel amizade. Mazé, outra grande amiga, já não está aqui para abraçá-la com o mesmo afeto de filha. E Cícero, seu esposo, a paciência oposta à agitação da guerreira.

Qual a nova idade de Sônia? Não importa. Sônia ainda é menina, é traquina, é de eterna juventude. E que assim continue, Sônia. Poço Redondo necessita demais de sua presença, de seu olhar, de sua voz. E eu - e todos nós - de sua confortante amizade. Parabéns!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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