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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

MAIS OUTRA DO CORONEL SANTANA

Por Pesquisador do cangaço Bosco André

Numa de suas fazendas o coronel Santana mantinha um criatório de bodes e começou a desaparecer os bodes, e o coronel chamou ao seu encarregado e disse:


- Compadre, isso é a onça que está pegando estes bodes, e vamos pastorar a onça para matar”, lhe entregando um rifle.

Debalde aquela ordem do coronel, pois o compadre sempre alegava que não conseguia matar a onça e os bodes sumindo.

Um dia o coronel Santana manda chamar o compadre à Serra do Mato, e conversa vai, conversa vem, escureceu e o coronel Santana diz ao compadre:


- Você hoje vai dormir aqui e pode amarrar o seu cavalo perto daquela cana que replantei a poucos dias, mas amarre bem seguro para não estragar a cana, e ainda porque, lá perto tem uma bola de capim que dá para o cavalo alimentar-se bem durante a noite.

O compadre preparou um torno, fincou ao chão e amarrou o burro com uma corda nova.

Por trás, o coronel Santana manda um seu cabra a noite velha, cortar a corda com pedras, para que o compadre de nada desconfiasse.

Madrugada cedo, o compadre levantou-se e foi até onde estava amarrado o seu cavalo, e para seu espanto, o mesmo estava dentro da cana tão recomendada pelo coronel.

Ao retornar à casa grande, o coronel Santana já estava de pé, e perguntou:

- Como foi compadre, o cavalo estava amarrado no lugar que você deixou?

E o compadre disse:

- Compadre, o burro soltou-se e deu um estrago muito grande na sua cana, isso eu não posso negar.

Então o coronel Santana disse:

- Pode ir para casa compadre, pois o homem que não mente, também não rouba!


Tirando a limpo a história de que a onça realmente era quem estava comendo os bodes do coronel e não o compadre, como ele desconfiava.


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