Por: Carolina Bonfim
"Lamentos
de uma Floresta: Em Busca da Mata Atlântica", esse é o primeiro cordel de
Carolina Bonfim. O lançamento ocorrerá às 17 horas do dia 15 de abril, na
Bienal do Internacional do Livro do Ceará. Carol Bonfim é bióloga de formação e
pretende usar a literatura de cordel em sala de aula como instrumental
facilitador do ensino aprendizagem. A Cordelaria Flor da Serra, com orgulho,
publica mais uma obra, dessa vez de uma poetiza, ou como alguns preferem
denominar a mulher que escreve versos, essa poeta. "Lamentos de uma
Floresta" , resultante de pesquisa acadêmica para término de curso na
universidade Estadual do Ceará é um grito em defesa da Mata Atlântica e do meio
ambiente como um todo.Leia os versos iniciais do folheto e para ter acesso a
obra completa compre diretamente com a autora ou faça seu pedido pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou
pelo WhatsApp (085) 9.99569091.
Instruí-me, Santo Pai,
Com sua excelsa grandeza,
Para que eu possa tratar,
Com precisão e firmeza,
Do que faz o “bicho homem”
Contra sua mãe natureza.
Atacando-a com crueza,
Faz o maior “bafafá”,
Destruindo aqui e ali
Maranguape ou Quixadá,
Pedra Branca, Limoeiro,
Nova Russas e Tauá.
Pior do que ele não há
Pro nosso Meio Ambiente:
Destrói tudo com prazer,
Sempre agindo friamente,
Deixando o planeta Terra
Muito ferido e doente.
Neste cordel, minha gente,
Eu venho aqui alertar
Através de casos tristes
Que iremos relatar,
Mostrando tudo que é feito
Co’ o fim do mundo acabar.
O que iremos demonstrar
É, com certeza, verdade:
Desde que surgiu o homem,
Vivendo em comunidade,
Buscou só tirar proveito,
Seja no campo ou cidade.
Vivendo em sociedade,
Do lucro passa a viver,
E a natureza sofrendo
Para o homem enriquecer,
Sendo tudo exterminado
Ante essa ânsia do ter.
Pensando em lucro obter,
Levou nosso pau-brasil,
Roubando nossa madeira
Em um ato muito hostil.
Foi o marco inicial
Do roubo nada sutil.
A este ato tão vil,
Mais crimes vêm-se somar,
Sempre agindo com desprezo,
Sem a ninguém respeitar.
Sua ação não tem limites
Quando ele pensa em lucrar.
Mata Atlântica a findar
Mostra que o devastador
Segue agindo sem visão,
Porque nunca deu valor
À riqueza da floresta,
Da qual é destruidor.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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