Por Charles
Wagner V. Lira (matéria compartilhada)
João Gomes de Lira foi escalado juntamente com o soldado José Bezerra da Silva, filho natural de Triunfo.
O serviço foi realizado com roupa civil e o carro com chapa particular. A ordem dada pelo Coronel Holanda era que caso encontrasse alguém pinchando as ruas, derramasse o piche nos seus rostos. O itinerário, seguir era: Torre, Madalena, Estrada dos Remédios, Largo da Paz, Estância, Areias e Tejipió. Determinou que o serviço fosse iniciado às 21:00 h e fosse até às 04:00 h. No patrulhamento não houve anormalidade, e o Coronel Holanda, ficou muito satisfeito quando o seu motorista relatou todo desenrolar do serviço executado, por João Gomes de Lira e o soldado José Bezerra da Silva, onde na manhã seguinte foi ao gabinete avisou que um dia iria se encontrar.
Neste ano de 1951 iria haver eleições municipais em todo Estado. E por ter o Dr. Pedro Malta, juiz de Direito da Comarca de Inajá, inimigos na Mata Grande(AL), que juravam de morte, por precaução o mesmo afastou-se da Comarca tirando férias e licença Prêmio. Concluída a licença, apresentou-se no Tribunal onde recebeu ordens para seguir à sua Comarca. Lá deveria fazer os registros dos candidatos a prefeito e vereadores, pois o prazo estava esgotando-se. Dr. Malta, narrou sua história o Presidente do Tribunal mandou falar com o Governador do Estado, Dr. Agamenon Magalhães. Este após ouvir o juiz encaminhou-o para Arcoverde e, que lá ao chegando chamasse o escrivão do Cartório de Inajá, Luiz Soriano Lopes Ferraz, para que ele ali fizesse os registros dos candidatos. O juiz descordou do governador por Arcoverde ser muito distante de Inajá, só que ele precisava de garantia policial, como seja: 1 Cabo e dois soldados. O Governo concordou e pediu que o mesmo sugerisse o nome do Cabo. Ao sair do Palácio deparou -se na Rua do Imperador com os Políticos de Inajá, João Inocêncio, Coronel Leobaldo de Coronel Manoel Neto, este candidato Prefeito de Inajá, foi logo falando que o Governador havia pedido o nome de 1 Cabo e dois soldados para seguirem com ele para o sertão.
Os políticos indicaram o nome de João Gomes de Lira e dali mesmo o o Dr. Pedro Malta voltou para o Palácio para informar ao Governo que já tinha um nome do Cabo, imediatamente o Governo entrou em contato com o Comandante Geral da Polícia Militar, Roberto Pessoa, deixar o Cabo João Gomes de Lira a disposição do Sr. Dr. Juiz de Direito, juntamente do duas praças. Tudo resolvido o Dr. Malta seguiu para o sertão com o Cabo João Gomes de Lira e os soldados Manoel Heráclito da Silva (florestano) e Francisco Wilson Dourado, filho do município de Pedra. Viajaram de trem até Arcoverde, pernoitaram em Merim (hoje ibimirim). Na manhã seguinte falou para o Dr. Malta o melhor seguisse logo para Inajá. O mesmo não concordou por temer complicações. O cabo João Gomes de Lira continuou insistindo e o Dr. Pedro Malta terminou cedendo. Chegando em Inajá, fez os registros dos candidatos, ficando para eleição e apuração. Tudo resolvido voltaram para o Recife, onde o Dr. Pedro Malta mandou um ofício para o Coronel Holanda fazendo altos elogios aos policiais que o acompanharam em uma missão tão espinhosa. O ofício foi publicado em Boletim.
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