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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

250 GRAMAS DE SAL É SAL QUE NÃO SE ACABA TÃO CEDO, IMAGINA PARA QUEM ESTÁ CONDENADO A COMER UM QUILO.

Por José Mendes Pereira

Um facínora de Lampião foi obrigado a comer 1 quilo de sal, que para mim que não sou nenhuma autoridade no que diz respeito ao estudo do cangaço, mas mesmo assim, eu acho meio duvidosa esta história que desfila na literatura lampiônica. O leitor encontra este fato teria acontecido no sertão nordestino com chefes de cangaceiros.

Quem primeiro escreveu sobre isso ninguém sabe. Nem fala em qual Estado, cidade, vilarejo ou fazenda do Nordeste que isso aconteceu. Teria sido pela manhã? Pela tarde ou pela noite? Uns afirmam que foi o Antonio Silvino o homem que obrigou o cangaceiro comer um quilo de sal, por reclamar da comida insossa. Já outros dizem que teria sido o capitão Lampião que fez ele comer o sal e ainda lamber o prato.

250 gramas de sal é muito sal para ser usado em uma cozinha, imagina bem um quilo de sal para um sujeito comê-lo de uma só vez. Na minha opinião é história de reuniões de pessoas amigas nas calçadas em noite de bom luar.

Veja o que conta o escritor João de Sousa Lima de algumas histórias criadas sobre Lampião...


CONHEÇA AS SEIS PRINCIPAIS LENDAS SOBRE LAMPIÃO
Glauco Araújodo G1, em Paulo Afonso (BA).

Histórias sobre cangaceiro ainda assustam os nordestinos.

Pesquisador conta quais foram os fatos que fizeram a fama de mau do rei do cangaço.

O medo provocado pela presença física ou até mesmo pelas histórias e lendas contadas sobre Lampião ainda persiste. O rei do cangaço morreu há 70 anos, na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), durante uma emboscada montada pelos policiais. O cangaço terminou em 1940, mas mesmo assim as pessoas, principalmente no Nordeste do país, sentem desespero quando se fala em Lampião.  

O G1 conversou com João Souza Lima, considerado um dos principais historiadores do cangaço. Ele vive em Paulo Afonso (BA), onde há décadas vem levantando informações sobre a biografia do principal casal de cangaceiros: Maria Bonita e Lampião. É ele quem revela os seis principais mitos e lendas que percorreram vários estados do país e que ainda persistem.
       
Testículos na gaveta

Segundo Lima, uma dessas lendas revelava que um sujeito estava cometendo incesto e foi flagrado por Lampião. O cangaceiro separou os dois irmãos e foi conversar com o rapaz. Ele falou para o homem que era para colocar os testículos na gaveta e fechar com chave. Lampião, então, colocou um punhal sobre o criado-mudo e disse: "Volto em dez minutos, se você ainda estiver aqui eu te mato". “A crueldade de Lampião estaria em fazer a tortura e obrigar o sujeito a cortar sua masculinidade para continuar vivo”, disse o historiador.
      
Crianças no punhal

Em outra história lembrada pelo pesquisador, a população, com medo da fama de violento de Lampião, acreditava em todas as histórias sobre o cangaço. Uma delas foi criada com o objetivo de afugentar os sertanejos que ajudavam a esconder os cangaceiros, os conhecidos coiteiros. As volantes (polícia da época) espalharam que Lampião matava crianças com punhal. Segundo uma das histórias contadas pelos policiais, o cangaceiro jogava as crianças para o alto e as parava com um punhal.
    
Lampião macaco

Outro relato que se espalhou conta a história de que Lampião só conseguia se esconder na mata durante as perseguições das volantes porque subia nas árvores e fugia pelos galhos das copas. Lima disse que isso foi publicado em um livro sobre o cangaço como se fosse verdade e muita gente ainda acredita nessa história, desmentida por ele e outros especialistas. “Quem conhece a caatinga sabe que na região onde Lampião passou e lutou não havia árvores com copas.”

Você fuma?

Lima lembra de outro caso: Lampião teria sentido vontade de fumar e sentido o cheiro da fumaça de cigarro. Ele caminha um pouco e encontra um sujeito fumando. O cangaceiro vai até o homem e pergunta se ele fuma. O indivíduo vira para olhar quem conversava com ele e, assustado por ver que era Lampião, responde com medo: "Fumo, mas se quiser eu paro agora mesmo!".
         
História do sal

Outra lenda contada nas rodas de amigos no Nordeste até hoje é a de que Lampião chegou à casa de uma senhora e pediu que ela fizesse comida para ele e para os cangaceiros. Ela cozinhou e, com medo da presença de Lampião em sua casa, esqueceu de colocar sal durante o preparo.

Um dos cangaceiros do grupo de Lampião reclamou que a comida estava sem gosto. O rei do cangaço, então, teria pedido um pacote de sal para a mulher. Ele despejou o sal na comida servida ao cangaceiro reclamante e o forçou a comer todo o prato. O integrante do grupo de Lampião teria morrido antes mesmo de terminar de comer.
  
Lampião zagueiro

Para finalizar, Lima disse que, na década de 1960, uma empresa pesquisadora de petróleo no Raso da Catarina, em Paulo Afonso (BA), abriu uma pista de pouso para trazer os funcionários de outras regiões que iriam executar trabalhos de pesquisa. Vale salientar que não foi encontrado petróleo no local, apenas algumas reservas de gás. Na década de 1970, um estudioso do cangaço teria encontrado o campo de pesquisa parcialmente encoberto pelo mato e escreveu, em livro, que aquele seria um campo de futebol construído por Lampião. “O pesquisador ainda teria reportado, de maneira totalmente infundada, que o rei do cangaço teria atuado no time como zagueiro”, disse Lima.

Informação: O escritor repassa para nós o que contam por aí. Em nenhum momento ele afirma que tudo isso foi real. 


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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