Passagem de Virgínio em São
Sebastião do Umbuzeiro/PB
O fim da década de 30 é chamado: período de pavor aos cangaceiros. Eles
amedrontavam toda a região e atuavam na nossa paróquia, especialmente no ano de
1936. Naquele ano o seu reinado media 300 mil quilômetros quadrados e se
estendia sobre sete Estados. O medo dos cangaceiros tinha se espalhado em todos
os cantos. Sempre corriam boatos de que os cangaceiros tinham passado por aqui
e muita gente passava noites no mato, deixando casa e todos os seus haveres,
para escaparem de uma morte cruel.
Certos
historiadores apresentam Lampião e seu bando como homens generosos e honestos,
lembrando sua amizade com padre Cícero e a sua generosidade com alguns pobres.
Esta convicção não é de acordo com o pensamento do nosso povo. Foi nesta época
de medo que Nossa Senhora apareceu a duas meninas lá no Sítio Guarda, Vila de
Cimbres, no dia 06 de agosto de 1936. Sem dúvida naquela época o nosso povo era
mais sensível para coisas divinas.
Uma das visitas mais comentadas dos cangaceiros foi a visita de Virgínio, cunhado de Lampião, e o seu bando. Entraram na região, passando por Capitão Mor, onde tomaram 10 contos de Malaquias Batista. Depois tomaram 10 contos de Manoel Correia na fazenda Estrela Dalva. No dia 21 de maio de 1936 entraram na rua de São Sebastião do Umbuzeiro depois de terem se encontrado com Ananias Celestino Pereira.
Uma das visitas mais comentadas dos cangaceiros foi a visita de Virgínio, cunhado de Lampião, e o seu bando. Entraram na região, passando por Capitão Mor, onde tomaram 10 contos de Malaquias Batista. Depois tomaram 10 contos de Manoel Correia na fazenda Estrela Dalva. No dia 21 de maio de 1936 entraram na rua de São Sebastião do Umbuzeiro depois de terem se encontrado com Ananias Celestino Pereira.
A ele
perguntaram
- Tem
macaco na rua?
Ele respondeu
que não, e eles mandaram-no acompanhá-los para a rua. Entrando lá, deram um
disparo com uma mauser. Eles foram beber no bar de Ananias (Praça Coronel Nilo
Feitosa 536) e Virgínio ordenou que ninguém devia toca em Ananias.
Depois descobriram uma loja de um homem de Monteiro, no lugar do atual correio. Arrancaram a fechadura, entraram e quebraram muitos jarros de perfume, enchendo a rua com um odor agradável (é conhecido como os cangaceiros gostavam de "extratos de feira", perfumes gostosos).
Espalharam os tecidos da loja até o cruzeiro. Um dos cangaceiros perguntou ao chefe:
Depois descobriram uma loja de um homem de Monteiro, no lugar do atual correio. Arrancaram a fechadura, entraram e quebraram muitos jarros de perfume, enchendo a rua com um odor agradável (é conhecido como os cangaceiros gostavam de "extratos de feira", perfumes gostosos).
Espalharam os tecidos da loja até o cruzeiro. Um dos cangaceiros perguntou ao chefe:
- Não
vamos deixar uma lembrança aqui?
O chefe
respondeu:
- Atire no
pé de sombrião na frente da igreja!
Dentro da
igreja o povo tinha se reunido com muito medo. Ele atirou duas vezes, mas não
acertou a árvore: uma bala acertou a calçada e outra a porta da igreja. Depois
de terminar as suas brincadeiras arrumaram um novo guia, chamado Sebastião
Tavares. No caminho encontraram o agente fiscal estadual Pedro de Alcântara
Filho e seu companheiro Sebastião, que foram avisar Sátiro Feitosa na fazenda
Ribeiro Fundo. Os cangaceiros queriam saber de suas andanças e eles mentiram,
dizendo que foram comprar queijo na fazenda de Zé Cobra na Balança.
Lá, Zé Cobra sob ameaça de ser morto teve que confessar que os dois foram avisar no Ribeiro Fundo, que os cangaceiros estavam se aproximando. Isso foi igual a uma sentença de morte. Sebastião pediu ainda para não matar Pedro porque ele tinha uma família, mas não adiantou. Os dois foram assassinados. Os cangaceiros queriam matar ainda uma velhinha, a sogra, porque ela tinha respondido mal. Jogaram gasolina nela, mas não a incendiaram.
No dia 22 de maio chegaram em Ribeiro Fundo. Os donos tinham fugido, mas na casa estava o morador Gedeão Hipólito Neves (avô do ex-prefeito Antenor Campos) e o cozinheiro Zé Lourenço. Estes dois foram mortos na hora, pois eles tinham avisado os seus patrões. O velho Sátiro que estava escondido no capim por trás da casa, escapou. Deixando a fazenda, se encontraram no caminho com um dos filhos mais novos de Sátiro.
Ele disse que era comprador de gado e eles o soltaram. Subiam para a fazenda Raposa. Lá, o grupo se dividiu. Enquanto uns atacaram os proprietários desta fazenda Bonifácio e Zé Branco que tiveram que pagar dez contos, outros atacaram a fazenda Angico. Do seu fazendeiro Fortunato Reinaldo exigiram também dez contos. Como não os tivesse, levaram-lhe o filho, chamado Anfizio, por garantia do restante, até a Serra da Jurema, quando foi resgatado.
Lá, Zé Cobra sob ameaça de ser morto teve que confessar que os dois foram avisar no Ribeiro Fundo, que os cangaceiros estavam se aproximando. Isso foi igual a uma sentença de morte. Sebastião pediu ainda para não matar Pedro porque ele tinha uma família, mas não adiantou. Os dois foram assassinados. Os cangaceiros queriam matar ainda uma velhinha, a sogra, porque ela tinha respondido mal. Jogaram gasolina nela, mas não a incendiaram.
No dia 22 de maio chegaram em Ribeiro Fundo. Os donos tinham fugido, mas na casa estava o morador Gedeão Hipólito Neves (avô do ex-prefeito Antenor Campos) e o cozinheiro Zé Lourenço. Estes dois foram mortos na hora, pois eles tinham avisado os seus patrões. O velho Sátiro que estava escondido no capim por trás da casa, escapou. Deixando a fazenda, se encontraram no caminho com um dos filhos mais novos de Sátiro.
Ele disse que era comprador de gado e eles o soltaram. Subiam para a fazenda Raposa. Lá, o grupo se dividiu. Enquanto uns atacaram os proprietários desta fazenda Bonifácio e Zé Branco que tiveram que pagar dez contos, outros atacaram a fazenda Angico. Do seu fazendeiro Fortunato Reinaldo exigiram também dez contos. Como não os tivesse, levaram-lhe o filho, chamado Anfizio, por garantia do restante, até a Serra da Jurema, quando foi resgatado.
Pesquei aqui,
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