Por Sérgio Augusto Dantas
Por volta das
17 horas do dia 21 de fevereiro de 1925, os cangaceiros de Lampião atacam a
cidade alagoana de Paulo Afonso, hoje MATA GRANDE. Nem bem penetram na área
urbana recebem uma chuva de tiros. Moradores da cidade haviam atendido à
sugestão do comerciante Campos Uchoa. Se armaram e se posicionaram em casas
mais altas para lhes dar combate.
O delegado
Justo Gomes Freire e os poucos policiais do destacamento local ajudam a
reforçar os piquetes defensivos.
O tiroteio é
nutrido. Os cangaceiros enfrentam uma resistência que os surpreende. Tentam,
porém, a todo custo, romper a pesada cortina de fogo. Experimentam uma ou outra
via de acesso ao centro, mas pouco conseguem. Não logram se assenhorar
facilmente da cidade como planejavam até bem pouco. Como represália, pilham e
incendeiam duas casas comerciais.
Em pouco
tempo, o bandoleiro Damásio José da Cruz, o ‘Chá Preto’, um dos membros da
horda, é atingido por certeiro balaço. Cai gravemente ferido no meio da rua.
Outro cangaceiro, conhecido por ‘Sabiá’, tem o mesmo destino.
Antes de
escurecer - face às duas baixas e à nutrida resistência oferecida pelos
moradores -, o bando se vê forçado a recuar. Com alguma dificuldade, são
retirados da praça de guerra os dois feridos. A situação de Chá Preto é
crítica. O ferimento sangra em abundância.
Mais adiante,
já fora da área de tiro, os enfermos são colocados em redes. Nestas, serão
transportados até mais adiante. Quando a caterva baixa acampamento na serra da Lagoa
de Santa Cruz, o bandoleiro Chá Preto expira. Abre-se cova rasa para
sepulta-lo.
Para saber
mais: LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, de nossa autoria.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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