Por João Filho de Paula Pessoa
Rosinha e Adelaide eram irmãs e entraram espontaneamente no Cangaço em 1934,
para, em seus corações, terem uma vida de liberdade, amor e aventuras. Adelaide
teve como companheiro o Cangaceiro Criança, engravidou no cangaço, mas faleceu
de parto de forma dolorosa e bastante sofrida juntamente com o bebê nas
entranhas da caatinga, onde foram enterrados. Rosinha foi mulher de Mariano, à quem
era apaixonada e formavam um amoroso casal, mas ele foi morto e degolado pelas
volantes em 1937 e ela ficou viúva e sozinha no bando, sem se juntar a nenhum
outro cangaceiro, ficou infeliz e teve a intenção de retornar para casa e pediu
à Lampião para visitar seus pais, o que lhe foi concedido com a condição de ser
uma visita rápida para não correr o risco de ser apanhada pelas volantes e
forçada a entregar a posição e trilhas do bando. Assim Rosinha foi, sendo que
não mais retornou, descumprindo o combinado, após alguns dias foi buscada em
casa por alguns cangaceiros do bando e no caminho de volta ao coito foi morta e
enterrada em cova rasa também nas entranhas da caatinga, num final triste e
cruel para estas irmãs sonhadoras. (João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.)
04/10/2019.
Obs: Nossos
contos também são contados em vídeos no YouTube - Página Contos do Cangaço.
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