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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

O CRUEL FASCÍNIO DO CANGAÇO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Rosinha e Adelaide eram irmãs e entraram espontaneamente no Cangaço em 1934, para, em seus corações, terem uma vida de liberdade, amor e aventuras. Adelaide teve como companheiro o Cangaceiro Criança, engravidou no cangaço, mas faleceu de parto de forma dolorosa e bastante sofrida juntamente com o bebê nas entranhas da caatinga, onde foram enterrados. Rosinha foi mulher de Mariano, à quem era apaixonada e formavam um amoroso casal, mas ele foi morto e degolado pelas volantes em 1937 e ela ficou viúva e sozinha no bando, sem se juntar a nenhum outro cangaceiro, ficou infeliz e teve a intenção de retornar para casa e pediu à Lampião para visitar seus pais, o que lhe foi concedido com a condição de ser uma visita rápida para não correr o risco de ser apanhada pelas volantes e forçada a entregar a posição e trilhas do bando. Assim Rosinha foi, sendo que não mais retornou, descumprindo o combinado, após alguns dias foi buscada em casa por alguns cangaceiros do bando e no caminho de volta ao coito foi morta e enterrada em cova rasa também nas entranhas da caatinga, num final triste e cruel para estas irmãs sonhadoras. (João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 04/10/2019.

Obs: Nossos contos também são contados em vídeos no YouTube - Página Contos do Cangaço.

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