Por Guilherme Machado
Cinco horas da manhã de 28 de julho de 1938. Grota de Angicos, uma fortaleza de pedras escondida dentro da caatinga, encravada numa depressão perto do riacho Tamanduá e próxima ao rio São Francisco. O local é a fazenda Angicos, no município sergipano de Porto da Folha, e o fogo cerrado das metralhadoras portáteis do regimento policial militar de Alagoas, comandado pelo tenente João Bezerra, durou 15 minutos. Eram tantos tiros que mal dava para enxergar o que acontecia. Pedaços de xiquexique, mandacaru, facheiro – vegetação típica do sertão – caíam por todos os lados. Lampião tombou primeiro. Maria Bonita foi abatida logo depois. Apanhados de surpresa, muitos dos 39 cangaceiros que se refugiavam na grota ainda dormiam, e nove morreram na emboscada. O restante conseguiu fugir.
Onze cabeças decepadas foram levadas e expostas, como troféus de guerra, na escadaria da prefeitura de Piranhas, em Alagoas, de onde partira a expedição da volante (nome dado aos grupos de policiais que se moviam de cidade em cidade à procura de cangaceiros). Antes, os policiais surrupiaram todo o dinheiro, ouro e joias que puderam. O esconderijo havia sido apontado, após tortura, por Pedro Cândido, um homem de confiança de Lampião, morto misteriosamente em 1940...!!!
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