Por Renan Brito
É bem verdade que a violência esteve presente no cangaço no tempo de Lampião, sendo utilizada como ferramenta de manutenção do seu poder, de persuasão quando queria descobrir alguma informação ou apenas por perversidade.
Um dos membros de seu bando por nome de Zé Baiano, tinha como prática comum a de usar os ferros quentes de marcar bois para queimar os rostos de mulheres que tinham cabelos curtos. Entretanto, encontramos outra interpretação sobre a motivação dessa atitude violenta.
https://www.youtube.com/watch?v=FNNHMU_t0E0&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteraturaO poeta popular Gonçalo Ferreira da Silva, através de seu folheto de versos narra que Zé Baiano tinha uma esposa por nome de Lídia, que segundo contam, era uma das mais belas do cangaço, e que o traia com outro cangaceiro. Ao descobrir o ocorrido, movido por um momento de fúria por ser traído, acaba por assassinar sua companheira a pauladas, enquanto que o bandoleiro traidor que tinha por alcunha de Ben-te-vi, foge pelas matas.
Sendo assim, para o poeta popular seria esse fato que motivaria o facínora a marcar com ferro à fogo o rosto das mulheres. Depois que José Baiano/Fora por Lídia traído/ Ficou na honra de macho/ tão mortalmente ofendido/ que ferrava as raparigas/ feito um monstro enfurecido. (BRITO, 2020).
Foto: Mulher marcada por Zé Baiano. Canindé-SE (1930).
FONTE: Álbum do Cangaço vol 1. Robério Santos.
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