Por José Mendes Pereira
Imagem da Internet, mas me parece pertencer ao escritor João de Sousa Lima.
Alguém sabe informar o atual proprietário das terras onde está localizada esta casa que foi da cangaceira Lídia?
Aqui, o cangaceiro Zé Baiano encontrou a futura cangaceira Lídia Pereira. Segundo dizem que ele estava ferido, tinha sido baleado num combate. Levaram-no para a casa mais próxima, e lá, permaneceu até que ficou bom. Quem cuidou dele foi o pai da Lídia. Lógico que a Lídia também deve ter participado do seu tratamento. Findaram apaixonados.
Quando Zé Baiano ficou bom, disse ao velho pai da Lídia Pereira, que iria levá-la consigo para o cangaço. O pobre velho nada fez para impedir que ela entrasse naquela vida, pois, quem mandava no sertão eram os cangaceiros. E assim ele fez. Mas, findou a matando com pauladas, depois que ele soube que ela vinha o traindo com o cangaceiro Bem-Te-Vi. A lei do cangaço era assim mesmo. Mulher que traísse o seu companheiro, tinha que ser morta, ou de um jeito ou de outro.
Talvez, a Lídia o traiu porque pensou que poderia ser perdoado o seu grande erro. Mas ela se enganara por total. Se Lampião não mandou que a matasse, mas o seu companheiro que estava revoltado com o seu feito vergonhoso, resolveu assassiná-la com fortes e brutais cacetadas, deixando a sua companheira totalmente irreconhecível. Ela pediu a Lampião e Maria Bonita que não deixasse Zé Baiano matá-la, mas foi inútil. Maria Bonita foi uma das tais que não aceitou o seu pedido, pois ela sabia muito bem o código de honra do cangaço.
Segundo está escrito na literatura cangaceira, o ex-cangaceiro Bem-Te-Vi morreu velhinho. Teve a sorte de ter escapado das mãos do ex-cangaceiro Zé Baiano, pois, este era perverso ao estremo. Ora, matou a companheira de pauladas, porque o traiu com um dos seus comparsas, imagina bem, se ele tivesse pego o ex-cangaceiro que era amante da sua companheira. Tinha o feito de retalhos de pedaços de carne. Que sorte, hein Bem-Te-Vi? E ponha sorte nisso.
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