Os traços dominantes do perfil de uma mãe que tem narcisismo patológico se caracterizam por ter opinião elevada sobre si, exigir admiração constante e crer que outras pessoas são inferiores. Por isso, gera comportamentos abusivos prejudiciais à saúde mental dos jovens que convivem com ela.
Mães narcisistas são autoritárias, exploradoras, arrogantes, controladoras, desprovidas de empatia e indiferente aos outros.
Próximo a si, admitem apenas marionetes e bajuladores. Não suportam questionamentos. Às demais pessoas se apresentam como seres impecavelmente sem defeitos, mas na convivência íntima expressa sua conduta maligna. São verdadeiras “lobas em pele de cordeiro”. Para o neuro-psicanalista Kurt Mendonça, o verdadeiro mal não se reconhece facilmente, mas sim na sua forma dissimulada. Autor da obra “Guia de Sobrevivência para Vítimas de Narcisistas Malignos”, lançada em 2019, o escritor incluiu entre os capítulos do seu extraordinário livro um que é “ Ser Filho de um Narcisista”. A criação da família liderada por mãe narcisista se dá sob assento de 3 pilares psicoemocionais: Medo, insegurança e dependência. Não por acaso, os filhos deverão ser medrosos, inseguros e dependentes, apresentando severos comprometimentos na plenitude de seu desenvolvimento humano. Geralmente, são famílias disfuncionais. Para satisfação de instintos primitivos, a controladora maior determina papéis a serem desempenhados pelos filhos: O ‘Dourado’ ou ‘dourada’ serão os preferidos. Escolhe-se o filho ‘Bode-expiatório’, o mais empata, inteligente e com capacidade de romper o ciclo abusivo-tóxico. Ele será alvo de toda inveja e ódio da disfuncionalidade familiar. Já o filho ‘invisível’, o mais frágil, geralmente com limitações intelectuais importantes, é mantido fora dos olhares sociais, muitas vezes restrito a afazeres domésticos.
“A narcisista maligna tem plena consciência do mal que causa aos outros. Ela não tem uma doença das funções mentais. Tem sim, um transtorno de personalidade, de caráter”. A preocupação maior não deve ser com o seu tratamento porque esse resultará infrutífero, mas sim com a libertação das vítimas e prevenção do surgimento de novas.
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