Eduardo Almeida estudou engenharia na Universidade Federal do Ceará e faz doutorado nos EUA. Ainda na sala de aula, conseguiu vaga na agência espacial
Foto: Arquivo pessoal
Eduardo Almeida no laboratório da Nasa, na Califórnia: o seu trabalho é ajudar os robôs a andar na Lua, em Marte ou em um asteróide
A Agência Espacial Americana (Nasa) tem cerca de cinco mil funcionários. Um dos mais recentes a aportar por lá é o jovem engenheiro Eduardo de Brito Almeida, de 30 anos. Ele trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, o centro tecnológico responsável pelo desenvolvimento de sondas espaciais não-tripuladas, uma das poucas áreas que devem continuar recebendo investimentos nos próximos anos - a agência entrou no pacote de corte de gastos do presidente Barack Obama.
Eduardo se formou no curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2004 e atualmente é aluno de doutorado em Engenharia Elétrica na Escola de Engenharia da Universidade Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos. Pela universidade americana, ele ganhou uma bolsa de três anos do Projeto Harriett G. Jenkins, mantido pela Nasa. É a segunda vez que ele consegue trabalhar na mítica agência antes de sair da sala de aula.
Em 2009, Eduardo participou do Programa de Verão Space Grant e trabalhou no setor que cria modelos tridimensionais a partir das imagens aéreas. A pesquisa em que ele está empenhado agora desenvolve modelos matemáticos para que robôs reconheçam o ambiente tridimensional ao seu redor e tome decisões de forma autônoma - seja na Lua, em Marte ou em um asteroide. “O robô terá capacidade de se locomover sem interferência humana, escolhendo as melhores trilhas e evitando obstáculos com mais segurança”, explica o pesquisador.
Eduardo se formou no curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2004 e atualmente é aluno de doutorado em Engenharia Elétrica na Escola de Engenharia da Universidade Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos. Pela universidade americana, ele ganhou uma bolsa de três anos do Projeto Harriett G. Jenkins, mantido pela Nasa. É a segunda vez que ele consegue trabalhar na mítica agência antes de sair da sala de aula.
Em 2009, Eduardo participou do Programa de Verão Space Grant e trabalhou no setor que cria modelos tridimensionais a partir das imagens aéreas. A pesquisa em que ele está empenhado agora desenvolve modelos matemáticos para que robôs reconheçam o ambiente tridimensional ao seu redor e tome decisões de forma autônoma - seja na Lua, em Marte ou em um asteroide. “O robô terá capacidade de se locomover sem interferência humana, escolhendo as melhores trilhas e evitando obstáculos com mais segurança”, explica o pesquisador.
Carreira
Eduardo tem dupla nacionalidade, já que nasceu em Nova York quando o pai cursava o doutorado. “Mas cresci e morei em Fortaleza até terminar a graduação”, destaca. Depois ele cursou mestrado no Laboratório de Circuitos e Processamento de Sinais (Linse) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com o doutorado, mudou para os Estados Unidos, onde está há cinco anos.
Ele diz que nunca fez planos de trabalhar na Nasa. Segundo ele, as coisas simplesmente aconteceram à medida em que avançava com os estudos. Na Universidade Brown, ele passou a estudar assuntos com nomes complicados, como "visão computacional e reconhecimento de padrões para reconstrução de superfícies 3D", "interpretação probabilística de cenas" e "detecção de mudança automática de pontos de vista arbitrários".
Apesar dos nomes enigmáticos, essas áreas tentam transformar tarefas complicadas - como a caminhada de um robô em Marte - em algo tão simples quanto um passeio pela Praia do Futuro, em Fortaleza. Mas, antes de o robô andar, ele precisa que alguém que pense por ele e o ensine a se comportar direitinho pelas crateras lunares ou pelos inóspitos terrenos de Marte. É ai que entram Eduardo e os seus colegas.
O dinheiro
As perspectivas de salários astronômicos também são quase inexistentes. Obama incluiu a Nasa no seu plano de corte de gastos. Com isso, os astronautas deixam o estrelato e as missões não-tripuladas ganham prioridade. Cada investimento agora tem de ser minimamente calculado, para trazer resultados práticos.
Isso tem provocado desemprego, claro. Hoje há 60 astronautas na Nasa. Nas década passada, era mais que o dobro: 149. O sonho de ser astronauta, realizado pelo coronel aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), Marcos Pontes, está cada vez mais distante. A esperança então é se dedicar à pesquisa, como faz Eduardo. No laboratório onde trabalha, há outros brasileiros, como os engenheiros Alberto Elfes e Marco Figueiredo e as astrônomas Duília de Melo e Rosaly Lopes. Se não dá para chegar ao espaço, ao menos é possível ajudar a explorá-lo. Nem que seja pelas câmeras de um robô.
Fonte: www.ig.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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