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terça-feira, 22 de maio de 2012

Sede (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa 

Sede


Caminho deserto
sol escaldante
ao pé do vulcão
mordo a pedra de sal
e depois corro
perdidamente aflito
em busca do oásis
que o sonho
esqueceu de mostrar

e a sede me chega
com secura na boca
me viro na cama
e encontro o teu sono
a face pulsando
a pele sorrindo
e encosto o lábio
no lábio sonhando
e beijo a boca
que se abre sedenta
catando ao redor
meu copo de água
e os dois tuaregues
sequiosos se abraçam
para saciar o desejo
no oceano da noite.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

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