Por: Frederico Pernambucano de Melo
Em 1899 (o cangaceiro Antonio Silvino), deixando Canhotinho, onde se achava com todo bando alistado na Guarda Municipal,
deste até a mata sul do Estado para atender a convite do coronel e senhor de
engenho Epaminondas de Melo Barreto, por mãos de quem vem a conhecer os irmãos
Eduardo e José Tavares de Melo, do engenho Arandu de Cima, que o contratam por
6 contos de reis para atacar a casa-grande de Usina Santa Filonila, em Escada,
e raptar D. Tereza Pontual dos Santos Dias Melo, esposa de José e deste
afastada por desentendimentos graves. Tereza era filha do usineiro, coronel
Manuel Antonio dos Santos Dias, dono da Empresa de Ferro Carril de Pernambuco e
um dos pró-homens da açucarocracia da época.
Às seis horas
da manhã de 10 de Outubro, a casa-grande está sob cerco, ferindo-se violento
tiroteio. O usineiro com a filha Tereza e um outro filho, se achava num outro
local da usina, de onde fogem de trole para o engenho Limoeirinho, do barão de
Suassuna.
O ataque, além
de inútil, provoca a morte de vários criados do coronel, inclusive duas
auxiliares da cozinha, nesse rol sombrio vindo a se incluir uma filha menor do
usineiro, Feliciana dos Santos Dias, de 13 anos de idade, que passa inesperadamente
pela linha de fogo do próprio Antonio Silvino e é atingida. Em 18 anos de vida
no cangaço, será este o único crime a merecer o arrependimento expresso do
chefe cangaceiro.
Na fuga da
usina, o grupo é cercado em Gravatá pelo subdelegado e jagunços do coronel
Santos Dias. Silvino foge baleado no braço. \perde dois cangaceiros. \procura
abrigo na Paraíba, zonas da caatinga-agreste, brejo e sertão do cariri.
CONTINUA...
CONTINUA...
Fonte:
Diário
Oficial
Estado
de Pernambuco
Ano
IX
Julho
de 1995
Material
cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir
Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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