Por Junior Vieira
Cel.
Manoel Flor
Tem
muita coisa que o tempo
Carrega,
leva e não trás
Mas
algumas sobrevivem,
Ninguém
esquece jamais,
Falemos
do Coronel
Manoel
de Souza Ferraz.
Mil
novecentos e hum,
A
vinte de fevereiro,
Fazenda
Campo da Ema
Nasce
o nobre brasileiro
E
Floresta perfumando
O
berço desse guerreiro!
João
de Souza Nogueira,
O
seu genitor de fé
Era
subdelegado
Da
Vila de Nazaré
E
Dona Angélica Teodora
Sua
estimada mulher.
Para
dar sorte ao menino,
Seu
João Nogueira botou:
"Manoel
de Souza Ferraz",
O
mesmo nome do avô,
E
Florência Felismina
de
Sá, era a vovó "Flor"!
Vamos
falar da criança,
Abençoado
menino
Que
cumprindo a profecia
Ou
capricho do destino,
Começa
o aprendizado
Onde
estudou Virgolino!
Veja
só como é a vida,
Como
o destino é profano,
Dividiram
brincadeiras,
Era
um viver mano a mano,
Mesma
escola e professor
Mestre
Domingos Soriano.
Com
certeza essas crianças
Nesses
encontros frequentes,
Nem
podiam imaginar
Que
depois de independentes
Tornariam-se
rivais
Por
caminhos diferentes.
Manoel
segue o caminho
Em
defesa da moral,
Da
honra do sertanejo;
Lampião
compra punhal,
Bala,
fuzil, mosquetão
E
segue o caminho do mal!
Mas
vamos voltar no tempo,
De
jegue e de pangaré,
Era
o transporte que havia
Pra
ninguém andar a pé...
Manoel
aos dezesseis anos
Já
fundava Nazaré!
Aí
Manoel Flor tornou-se,
Pelo
seu idealismo,
Respeitado
e conhecido
Pelo
seu grande heroismo,
Por
sua luta incansável
Pra
acabar o banditismo.
Júnior Vieira
Júnior Vieira
Mendes, como a vida tem seus reveses: O menino Manoel Flor e o menino Virgolino Ferreira, antes na mesma sala de aula do Professor Soriano, anos mais tarde, um era caçado pelo outro, cada um com seu rifle sobre os ombros. Tudo isso tendo como origem, desavenças que poderiam ter evitado uma guerra de quase vinte anos no nosso Sertão Nordestino.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha.