Uma das
últimas fotos de Sinhô Pereira, antigo comandante de Lampião, antes de este ter
o sob seu comando, seu próprio bando.
Uma imagem
sensacional e em alta qualidade pertencente ao acervo de imagens do escritor e
pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo, que gentilmente nos cedeu para
publicação em nossas páginas o cangaço.
Fonte:
facebook
Página: Geraldo JúniorO
Cangaço
Um pouco da
biografia do Sinhô Pereira
Sebastião
Pereira e Silva mais conhecido como Sinhô Pereira nasceu
em Serra Talhada, no Estado de Pernambuco em 20 de
janeiro de 1896. e faleceu em Lagoa Grande, no Estado de Minas
Gerais, Foi um cangaceiro do Nordeste Brasileiro.
Era
descendente do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú. Era
alfabetizado e trabalhava no campo.
Motivos
familiares levaram-no a ingressar-se no cangaço,
tendo recebido a insígnia de comandante de tropa. Pressionado politicamente e
perseguido por forças policiais, viajou com o primo Luiz Padre para
Goiás e Minas Gerais, onde obteve o título de cidadão mineiro.
Ao deixar o
cangaço, no ano de 1922, Sinhô Pereira entregou sua tropa para o comando
de Virgulino Ferreira da Silva, que mais tarde recebeu a alcunha
de Lampião.
Sinhô Pereira
faleceu numa manhã no final do ano 1972, em 21 de
Agosto de 1972, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais,
deixando para trás uma vida e uma história marcadas de angústia, dores e
vontade de viver feliz com sua família e amigos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinh%C3%B4_Pereira
Algumas perguntas e respostas da entrevista do Sinhô Pereira ao primo Luiz Conrado de Lorena e Sá
Lorena - Em
que circunstância Lampião apareceu em sua vida?
Sinhô Pereira - Ele e os irmãos chegaram de Alagoas depois do assassinato do pai, dispostos a confrontar com José Saturnino, seu inimigo comum.Não tinham condições financeiras nem experiências. Procuraram-me e participaram com muita bravura de alguns combates.
Lorena - Por
que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?
Sinhô Pereira - Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.
Lorena - Você
não quis Lampião em sua viagem para Goiás?
Sinhô Pereira - Ao despedir-me dele na Fazenda Preá, no município de Serrita/PE, pedi para não molestar ninguém da família Pereira. Ele prometeu e cumpriu. Não quis, entretanto, seguir viagem comigo.
Lorena - Depois
de instalado em Goiás você convidou Lampião para ir morar naquela região?
Sinhô Pereira- Sim. Quintas (meu irmão) foi o portador da carta. Ele respondeu verbalmente, dizendo que não aceitava o convite para não me criar embaraços.
Um pouco sobre a biografia de Luiz Conrado de Lorena e Sá
Luiz Conrado
de Lorena e Sá – Nasceu no dia 1º de janeiro de 1926 no município de São
José do Belmonte e em 1936 ( com 10 anos de idade) veio residir em Serra
Talhada onde permaneceu até seu falecimento.
Descendente
dos principais políticos da região, foi herdeiro político do Cel. Cornélio
Soares e por três vezes assumiu o governo do município.
Foi
prefeito pela primeira vez, nomeado, no período de 1945 a 1946. Depois, eleito
por voto popular foi prefeito no período de 1955 a 1958 e ainda mais uma
vez de 1964 a 1969.
Apesar
de ter tido pouca “instrução” escolar, sua instrução foi até onde o município
oferecia na época: 4ª série primária (equivalente hoje a primeira fase do
ensino fundamental), “seu” Lorena, como era mais conhecido, era autodidata e
acabou por se transformar num dos principais oradores de toda região.
Fervoroso
estudioso da história do município, era considerado uma verdadeira
“enciclopédia viva” e servia como fonte de pesquisas para estudantes e
historiadores.
Em
1951 escreveu uma monografia sobre o 1º centenário de Serra Talhada. Em 1990
escreveu o “Perfil Histórico-Religioso de Serra Talhada” e em 2001 a sua
principal obra: “Serra Talhada – 250 anos de História – 150 Anos de Emancipação
Política”. Em 2003 publicou: “Festa de Nossa Senhora do Rosário 150 Anos” e em
2008 sua última obra: “Caminhos do Homem”.
Era
membro fundador da Academia Serra-talhadense de Letras, onde ocupava a cadeira
de nº 1.
Casado
com Maria do Socorro Oliveira era pai de 5 filhos e faleceu no dia
25 de fevereiro de 2009, aos 83 anos de idade.
http://www.fundacaocasadacultura.com.br/site/?p=materias_ver&id=273
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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