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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O cangaço – Sebastião Pereira da Silva o Sinhô Pereira


Uma das últimas fotos de Sinhô Pereira, antigo comandante de Lampião, antes de este ter o sob seu comando, seu próprio bando.

Uma imagem sensacional e em alta qualidade pertencente ao acervo de imagens do escritor e pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo, que gentilmente nos cedeu para publicação em nossas páginas o cangaço.

Fonte: facebook

Um pouco da biografia do Sinhô Pereira

Sebastião Pereira e Silva mais conhecido como Sinhô Pereira nasceu em Serra Talhada, no Estado de Pernambuco em 20 de janeiro de 1896. e faleceu em Lagoa Grande, no Estado de Minas Gerais, Foi um cangaceiro do Nordeste Brasileiro.

Era descendente do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú. Era alfabetizado e trabalhava no campo.

Motivos familiares levaram-no a ingressar-se no cangaço, tendo recebido a insígnia de comandante de tropa. Pressionado politicamente e perseguido por forças policiais, viajou com o primo Luiz Padre para Goiás e Minas Gerais, onde obteve o título de cidadão mineiro.

Ao deixar o cangaço, no ano de 1922, Sinhô Pereira entregou sua tropa para o comando de Virgulino Ferreira da Silva, que mais tarde recebeu a alcunha de Lampião.

Sinhô Pereira faleceu numa manhã no final do ano 1972, em 21 de Agosto de 1972, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais, deixando para trás uma vida e uma história marcadas de angústia, dores e vontade de viver feliz com sua família e amigos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinh%C3%B4_Pereira

Algumas perguntas e respostas da entrevista do Sinhô Pereira ao primo Luiz Conrado de Lorena e Sá


Lorena - Em que circunstância Lampião apareceu em sua vida?

Sinhô Pereira - Ele e os irmãos chegaram de Alagoas depois do assassinato do pai, dispostos a confrontar com José Saturnino, seu inimigo comum.Não tinham condições financeiras nem experiências. Procuraram-me e participaram com muita bravura de alguns combates.

Lorena - Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?

Sinhô Pereira - Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.

Lorena - Você não quis Lampião em sua viagem para Goiás?

Sinhô Pereira - Ao despedir-me dele na Fazenda Preá, no município de Serrita/PE, pedi para não molestar ninguém da família Pereira. Ele prometeu e cumpriu. Não quis, entretanto, seguir viagem comigo.

Lorena - Depois de instalado em Goiás você convidou Lampião para ir morar naquela região?

Sinhô Pereira- Sim. Quintas (meu irmão) foi o portador da carta. Ele respondeu verbalmente, dizendo que não aceitava o convite para não me criar embaraços.


Um pouco sobre a biografia de Luiz Conrado de Lorena e Sá

Luiz Conrado de Lorena e Sá – Nasceu no dia 1º de janeiro de 1926 no município de São José do Belmonte e em 1936 ( com 10 anos de idade) veio residir em Serra Talhada onde permaneceu até seu falecimento.
            
Descendente dos principais políticos da região, foi herdeiro político do Cel. Cornélio Soares e por três vezes assumiu o governo do município.
            
Foi prefeito pela primeira vez, nomeado, no período de 1945 a 1946. Depois, eleito por voto popular foi prefeito no período de 1955 a 1958 e ainda mais uma vez  de 1964 a 1969.
            
Apesar de ter tido pouca “instrução” escolar, sua instrução foi até onde o município oferecia na época: 4ª série primária (equivalente hoje a primeira fase do ensino fundamental), “seu” Lorena, como era mais conhecido, era autodidata e acabou por se transformar num dos principais oradores de toda região.
            
Fervoroso estudioso da história do município, era considerado uma verdadeira “enciclopédia viva” e servia como fonte de pesquisas para estudantes e historiadores.
            
Em 1951 escreveu uma monografia sobre o 1º centenário de Serra Talhada. Em 1990 escreveu o “Perfil Histórico-Religioso de Serra Talhada” e em 2001 a sua principal obra: “Serra Talhada – 250 anos de História – 150 Anos de Emancipação Política”. Em 2003 publicou: “Festa de Nossa Senhora do Rosário 150 Anos” e em 2008 sua última obra: “Caminhos do Homem”.
            
Era membro fundador da Academia Serra-talhadense de Letras, onde ocupava a cadeira de nº 1.
            
Casado com Maria do Socorro Oliveira era pai de 5 filhos e faleceu  no dia 25 de fevereiro de 2009, aos 83 anos de idade.

http://www.fundacaocasadacultura.com.br/site/?p=materias_ver&id=273

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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