Vez por outro
a gente lê coisas de gente idiota, discriminando o povo sertanejo, gente
guerreira, que criou os filhos, como se diz "puxando cobra pros pés",
no chão seco das roças por esse sertão ardente, caatinga a dentro.
Dói quando gente metida a besta, ladrões de terno e gravata, políticos enrolados até o pescoço nessa onda de corrupção ou gente metida a rica, tripudia da sabedoria e da grandeza desse povo simples.
Esqueceram estes que foi a força e a garra dos nordestinos que construiu São Paulo, Brasília e muito Brasil afora.
Dói quando gente metida a besta, ladrões de terno e gravata, políticos enrolados até o pescoço nessa onda de corrupção ou gente metida a rica, tripudia da sabedoria e da grandeza desse povo simples.
Esqueceram estes que foi a força e a garra dos nordestinos que construiu São Paulo, Brasília e muito Brasil afora.
Eles escavaram túneis e construíram usinas hidrelétricas da Chesf a 80 metros
de profundidade nas rochas de granito e mudaram a história do Nordeste
Em homenagem a estes sertanejos "antes de tudo, fortes", como já dizia Euclides da Cunha, apresento estes versos de um mossoroense, que disse só um pouquinho da grandeza desse povo.
Em homenagem a estes sertanejos "antes de tudo, fortes", como já dizia Euclides da Cunha, apresento estes versos de um mossoroense, que disse só um pouquinho da grandeza desse povo.
MEU BRASIL DE CANTO A
CANTO, TEM SUOR DE NORDESTINO
Por Antônio Francisco
(Música e interpretação Genildo Costa)
Quando
a seca vem devora
Do Nordeste toda flora
Nordestino vai embora
Para o Sul a todo instante
Trabalhar como gigante
E ganhar como menino
Molhando o solo sulino
Com sangue, suor e pranto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Do Nordeste toda flora
Nordestino vai embora
Para o Sul a todo instante
Trabalhar como gigante
E ganhar como menino
Molhando o solo sulino
Com sangue, suor e pranto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Numa
favela jogado
Lá no Rio de Janeiro
Sem emprego e sem dinheiro
Na sombra do Corcovado
Todo o tempo ajoelhado
Esse pobre peregrino
Pedindo a Jesus divino
Que lhe cubra com seu manto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Lá no Rio de Janeiro
Sem emprego e sem dinheiro
Na sombra do Corcovado
Todo o tempo ajoelhado
Esse pobre peregrino
Pedindo a Jesus divino
Que lhe cubra com seu manto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Foi
soldado da seringa
Lá pelas bandas do Norte
Brincou lá com sua sorte
Longe de sua caatinga
Seu suor ainda pinga
Dos galhos do cipó fino
Num testemunho divino
Que o nordestino é um santo.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Lá pelas bandas do Norte
Brincou lá com sua sorte
Longe de sua caatinga
Seu suor ainda pinga
Dos galhos do cipó fino
Num testemunho divino
Que o nordestino é um santo.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Por
esse pau-de-arara
Brasília foi construída
Esse pedaço de vida
Tem ferida que não sara
Gastou o suor da cara
No governo Juscelino
Merecia estátua e hino
Quem trabalha do seu tanto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
Brasília foi construída
Esse pedaço de vida
Tem ferida que não sara
Gastou o suor da cara
No governo Juscelino
Merecia estátua e hino
Quem trabalha do seu tanto.
Meu Brasil de canto a canto,
Tem suor de nordestino.
(*) Antônio Francisco é poeta e escritor mossoroense
Conheça um
pouco sobre a Vida do poeta potiguar Antonio Francisco Teixeira de Melo, filho
de Francisco Petrolino de Melo e Pêdra Teixeira de Melo, nasceu em Mossoró-RN,
a 21 de Outubro de 1949. Tem graduação em História pela Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte - UERN. É poeta popular, xilógrafo e compositor.
Um dado interessante é que, só após os quarenta anos, ele se dedicou ao ato de
escrever. Sua produção cordelística está sendo muito elogiada pela crítica
literária atual, que o considera a grande revelação dos últimos anos no campo
da literatura de cordel. Tem mais de 50 folhetos publicados e três
livros: Dez cordéis num cordel só, adotado para o vestibular da
UFRN, Por Motivos de Versos, e Veredas de
sombras, edições Queima-Bucha. No dia 15 de maio de 2006 tomou posse
na Academia Brasileira de Literatura e Cordel - ABLC.
Fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Obrigado, Mendes, pela multiplicação desse grito de valorização da gente sertaneja. Eu nasci em Zabelê, na Paraíba, quando ainda era um pequeno lugarejo do município de Monteiro, em 18/01/1948. Saí dali pequenininho, pouco mais de 2 anos de idade, pra Taperoá, terra de minha mãe e dos Suassunas, mas não nego minhas origens e estou me arrumando para ir lá, escrever a história da minha terra, embora more em Paulo Afonso desde 20 de Novembro de 1954, há 60 anos. Não podemos deixar, de jeito nenhum que gente preconceituosa desrespeite essa gente sertaneja como nós. Grande abraço.
ResponderExcluir