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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

É TRISTE VER NOSSA HISTÓRIA SE APAGANDO!

Imagem do acervo do historiógrafo Rostand Medeiros

É triste ter que ver e aceitar que nossa história vá se apagando, e os governantes não têm o mínimo desejo de cuidar dela. Que pena!



"- Tive o prazer de entrar neste casarão histórico. Ao mesmo tempo, senti um imenso desprazer por ver sua agonia... Algumas paredes servindo de testemunha daquelas que ruíram, porém, demonstrando tanto querer viver que deu vida a uma árvore em suas entranhas... Algumas madeiras que sustentavam o telhado desabaram, uma linha pendeu e caiu, mas teimou em ficar só com parte no chão, o restante ressoando os gritos daqueles que aí foram assassinados, sentindo a certeza que agora será sua vez. Pedindo, implorando para alguém cuidar dele e, nem a alma do seu antigo dono, que deve estar lhe olhando lá da serra do Pau Ferrado, onde deu seu último suspiro, tem coragem de visitá-lo, nem tomar mais conta dele. Uma pena".

José Bezerra Lima Irmão disse:


" - Amigo José Sabino Bassetti, faço minhas as suas palavras, e ponho a palavra "autoridade" entre aspas. Ninguém se preocupa com a história neste nosso Nordeste sofrido. As "autoridades", quando pensam em promover a Cultura, só pensam em pagode, micareta e carnaval. Há dias, recebi um e-mail do nobre companheiro Manoel Severo Barbosa, lembrando-me da figura do grande Padre José Antônio Maria Ibiapina, mentor espiritual do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro. Pois é: breve, isto é, já agora, as novas gerações não saberão mais quem foi Lampião, quem foi o Padre Cícero, quem foi José Ibiapina, quem foi o Padre Rolim, de Cajazeiras, quem foi Antônio Conselheiro..De minha parte, estou fazendo o possível. Mas é pouco, quase nada. Sei do seu afinco, Bassetti, como historiador e pesquisador do cangaço. Admiro à distância o trabalho diuturno de Manoel Severo, esse grande estudioso e divulgador das coisas do Nordeste - para o incansável Manoel Severo, o dia parece ter vinte e cinco horas. Porém precisa surgir alguém que, além de discernimento e amor pela Cultura, tenha também força política e disponha de recursos financeiros para manter viva a Memória do Nordeste".

Continua o escritor José Bezerra Lima Irmão: "- Amigos Severino Barros Barros, José Tavares de Araújo Neto e Sálvio Siqueira: alguém precisa fazer alguma coisa pela história do Nordeste. Esse casarão, postado pelo Rostand Medeiros e compartilhada pelo José Tavares, foi a residência do famoso Major Floro, em Patos de Irerê. Esse casarão faz parte da Guerra de Princesa, em que o coronel Zé Pereira proclamou a cidade de Princesa um território independente, fato que foi o estopim da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Esse casarão do Major Floro foi palco das lutas. Floro era cunhado e sogro de Zé Pereira. Parece estranho: "cunhado e sogro"? Onde já se viu? Pois é, essa é a história do Nordeste... Meus amigos, esse casarão testemunha parte da história de Lampião, quando ele passou meses de bonança, em 1923, arranchado na fazenda Saco dos Caçulas, de Marcolino Diniz, genro do dono desse casarão. Marcolino era genro e sobrinho do Major Floro. É que naquele tempo os casamentos eram assim: primo com prima, tio com sobrinha... O Major Floro era irmão do coronel Marçal, pai de Marcolino. A gente vê esse casarão ruindo. Vê a casa da fazenda Abóboras, de Marçal, também ruindo. Não há uma fundação ou entidade similar preocupada com a preservação desses marcos históricos. O casarão da fazenda Jacu, de Chico Pereira, em Nazarezinho, segue a mesma sorte. O casarão da fazenda Patos, em Piranhas, está desabando. 


Se não fosse o abnegado João de Sousa Lima, de Paulo Afonso, da casa de Maria Bonita só teríamos hoje os torrões. Para restaurar a casa de dona Jacoza, na passagem das Pedras, onde Lampião nasceu, foi preciso que um empresário do Rio de Janeiro bancasse as despesas do próprio bolso, contando com outro abnegado pelas coisas do sertão, meu querido amigo Anildomá, do Museu do Cangaço, de Serra Talhada, mentor da Fundação Cultural Cabras de Lampião.



José Sabino Bassetti Olá José Bezerra Lima. Nosso amigo Manoel Severo, merece todo nosso respeito e admiração. Ele luta com todas as forças para realizar com frequência, o maior evento sobre a história do cangaço. O inigualável CARIRI CANGAÇO. Fiquei assustado na primeira vez que fui à Mata Grande AL. Ver aquele majestoso prédio onde um dia foi sede das volantes em ruínas, dá uma tristeza danada a qualquer pessoa.. A má vontade política com nossa história, ocorre também aqui no estado de São Paulo. Uma vergonha.

Disse ainda o Sálvio Siqueira: "-  O pesquisador/historiador José Sabino Bassetti disse tudo. Como sempre seus comentários são repletos de lógicas. O problema de gerar esta 'má vontade política com nossa história...' como bem frisou o ilustre escritor, para mim, resume-se simplesmente por acharem, os políticos, que a restauração dos lugares históricos não 'produzirem' votos para eles e/ou mesmo que a quantia é, em comparação com outros gastos, irrisória, não dando para um bom 'desvio'. E assim, em todo este grande País, o descaso com a cultura histórica é uma constante, infelizmente".


Fonte: facebook
Página: Jose Tavares De Araujo Neto compartilhou a foto de Rostand Medeiros.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo14:54:00

    Com certeza senhores escritores e historiadores, a cultura neste nosso Brasil é como as pesquisas. Tanto cultura como pesquisas ficam em segundo plano. Em matéria de governantes, não sei quem um dia terá um OLHAR ACURADO para a memória de um País que clama pela preservação da sua história. Prova disso é que temos aqui em nossa querida Serrinha um prédio centenário da Prefeitura caindo aos pedaços e a administração, com prefeito e tudo está em prédio alugado.
    É pena!
    Antonio Oliveira - Serrinha

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