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sábado, 1 de novembro de 2014

O ETERNO ALCINO ALVES COSTA

Por Archimedes Masques

“Você deixou tudo a tua cara
Só pra deixar tudo
Com cara de saudade.” (Alice Ruiz)

Não poderia deixar de repetir a frase inicial da lavra da escritora e poeta Alice Ruiz que lancei do ano passado em homenagem ao saudoso amigo Alcino, pois realmente para quem o conheceu ELE DEIXOU TUDO COM A SUA CARA SO PARA DEIXAR TUDO COM CARA DE SAUDADE.

Dois anos se passaram, dois anos com cara de saudade, pois tudo que ele mais deixou foi saudade. O dia 01/11/2012, para nos, amigos de Alcino, amantes dos assuntos ligados aos sertões e principalmente amantes dos temas ligados ao cangaço, foi um dia bastante triste, pois, sem dúvida, além de perdermos um grande amigo, perdemos o nosso maior exponencial, no meu entender O MAIOR PESQUISADOR E ESCRITOR DO TEMA CANGAÇO QUE SERGIPE JÁ VIU, acredito que jamais igualável. Meu MESTRE DOS MESTRES e grande incentivador para que eu escrevesse um livro contra as inverdades contidas no livro “Lampião, o Mata Sete”. Mesmo lutando contra a morte, doente e triste, uma tristeza que pelo menos se mostrou alegre naquele dia, ele se fez presente ao lançamento do meu livro e isso foi, além de tudo, motivo de grande orgulho, orgulho de fazer parte da sua imensidão de amigos.

Mas, o que chamamos de morte e que na verdade é apenas o desencarne, o fim da vida terrena, é um caminho inevitável. Temos todos, um dia ou outro, hoje ou amanhã, próximo ou mais demorado, de uma forma ou doutra, que viver isso. Não porque é uma fatalidade do destino, mas porque faz parte da vida desde que a nossa vida se faz vida. 

Assim cada um de nós vive, mesmo que se de maneira dolorosa igual, de um jeito diferente as diferentes perdas pelas quais temos que atravessar, embora saibamos muito bem que dessas perdas ficam os seus exemplos, positivos ou negativos.

E mesmo quando o tempo consegue aplacar essa dor, estancar esse dissabor, sempre fica dentro da gente aquele sentimento indecifrável de vazio junto com a saudade, sensações que perduram até chegar a nossa hora, então passando tais sentimentos para os nossos amigos que também chorarão por nós, caso mereçamos, e assim sucessivamente. É a vida daqueles que sobrevivem a vida dos seus amigos, dos seus entes queridos.

Absoluta certeza tenho que não somente eu sinto essas sensações com a perda do amigo ALCINO ALVES COSTA, mas também centenas de outras pessoas, pois o CAIPIRA DE POÇO REDONDO sem dúvida alguma foi um homem ILUMINADO que bem soube iluminar a todos que o cercavam, uma pessoa abençoada por Deus que irradiava e continuará na saudade irradiando luz, irradiando alegria, irradiando paz, irradiando harmonia, também irradiando determinação, irradiando a coragem do bravo sertanejo.

Dentro do seu âmbito de pesquisa em tema ligado ao cangaço, com toda certeza daqui a centenas de anos ainda estarão citando ALCINO ALVES COSTA como fonte de informação, pois as águas bebidas das suas fontes e também oferecidas ao público foram águas de fontes saudáveis e não envenenadas, águas de fontes puras e cristalinas, águas das fontes de um verdadeiro CABRA-MACHO SERTANEJO que de tudo deixou a sua cara e com isso deixou tudo com cara de saudade.

Assim me despeço dessa singela homenagem rogando por um dia nos reencontrarmos, pois nem sei se serei merecedor de tal honraria.

Aracaju, 01 de novembro de 2014.
Archimedes Marques

Fonte: facebook
Página: Archimedes Marques

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo14:55:00

    Pois é Dr. Archimedes e José Mendes, é mais um ano de ausência do nobre escritor, poeta e político ALCINO ALVES COSTA. Ao receber ontem um e-mail do escritor José Bezerra Lima Irmão, ele lembrava com saudades das vezes que esteve com o nosso CAIPIRA DO SERTÃO, em sua Terra Poço Redondo, quando o Bezerra pesquisava para seu livro LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS.
    Abraços,
    Antonio Oliveira - Serrinha

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