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sábado, 13 de dezembro de 2014

CANGAÇO IX

Material do acervo do pesquisador do cangaço Antonio Morais

Morte de Livino e Antonio.

A 24 de Maio de 1925 (verificar esta data), Virgulino saqueia a residência de dona Joana Torres, Baronesa de Água Branca, na vila do mesmo nome, em Alagoas. 

Dona Joana Torres Siqueira

Em princípio de 1925, perde Livino no combate contra as forças volantes da Paraíba e Pernambuco, no lugar Tenório, zona do Pajeú pernambucano. Naquela época a nação estava convulsionada. 

O presidente Artur Bernardes, tomava medidas de emergência. Procurava conter os surtos revolucionários no país. Comissiona com altos poderes o deputado federal Floro Bartolomeu, para organizar Batalhões Patrióticos contra a coluna rebelde de Carlos Prestes que ameaçava o nordeste. 

Floro Bartolomeu e Padre Cícero

Floro, muito doente, telegrafara a um amigo, em Pernambuco, no sentido de mandar a sua presença o afamado cangaceiro. Dois dias depois, verificou o erro. Enviou a contra ordem, que infelizmente não alcançou o destinatário. Em seguida, viajou ao Rio de Janeiro com a saúde abalada, vindo a falecer a 08 de março. Juazeiro do Norte era o Quartel General. 

Bando de Lampião

Inesperadamente, a 04 de Março chega Lampião com quarenta e nove sequazes à procura do deputado. Padre Cícero, envolvido na política, agia como chefe. Arma os voluntários recém-chegados. Concede a patente de capitão a Virgulino Ferreira, de primeiro Tenente a Antonio e de segundo tenente a Sabino Gomes. O Ceara alarmou-se. Adversários do Padre iniciaram uma campanha difamatória, acusando-o de protetor de bandidos. 

O médico e ex-senador Fernandes Távora, que o conheceu, no livro “Algo de Minha Vida”, após analisar a personalidade do sacerdote concluiu: “Foi um caridoso semeador de esperanças, um piedoso e bom, que passou pela terra consolando”. O padre censurado defendia-se alegando que Lampião fora convidado. Seria uma traição mandar prendê-lo ou entregá-lo a seus figadais inimigos. Não cederia. Considerava a palavra empenhada por Floro uma questão de honra. 

O novo capitão parte confiante para Pernambuco. Porém, o exército e a polícia militar não lhe reconheceram o posto. Ameaçavam prendê-lo. Vendo-se desprestigiado, desiste de lutar contra Carlos Prestes. Aproveita o excelente material bélico e volta ao cangaço.

Raul Fernandes

CONTINUA...

http://blogdosanharol.blogspot.com.br/2009/07/cangaco-ix.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


3 comentários:

  1. Anônimo11:50:00

    Caro Mendes, duvidar não posso e, contrariar os experientes pesquisadores, muito menos. Contudo, em janeiro de 2014 o nobre Pesquisador Manoel Severo postou um texto onde ele afirma a data do saque à casa da Baronesa de Água Branca, sendo junho de 1922, e não maio de 1925 conforme o texto do nobre pesquisador Antonio Morais. QUAL SERIA O CERTO CARO MORAIS ou COMPANHEIRO MENDES?
    O que tantos outros pesquisadores informam é que o assalto à residência de Água Branca, foi a primeira ação de Virgolino quando assumiu efetivamente o bando.
    Grato,
    Antonio Oliveira - Serrinha

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  2. Nobre pesquisador Antonio de Oliveira:

    Segundo o blog http://Cariricangaco.blogspot.com:


    1922 - No dia 26 de Junho, Lampião atacou a baronesa de Água Branca, em Alagoas. -

    Fonte: http://cariricangaco.blogspot.com

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  3. Anônimo15:51:00

    Exatamente caro Mendes, se Virgolino assumiu a função de chefe em 1922, e se foi o primeiro assalto a ser feito pelo seu grupo conforme informações que temos, o ano da invasão do Palacete da Baronesa de Água Branca, foi 1922. Creio haver um ligeiro equívoco de quem escreveu o texto e enviou ao nobre pesquisador Morais. Como muitos fatos sobre o cangaço apresentam mais de uma versão, quase nada podemos fazer.
    Ok,
    Antonio Oliveira - Serrinha

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