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sábado, 13 de dezembro de 2014

ANIVERSÁRIO DO REI

Por José Gonçalves do Nascimento*

Luís Gonzaga do Nascimento, conhecido também como o Rei do Baião, foi um dos mais completos protagonistas da música popular brasileira.

Nascido em 13 de dezembro de 1912, no município de Exu, interior de Pernambuco, era filho do sanfoneiro Januário, de quem herdou a aptidão para a música. Partiu para o Sul do país em 1939, após ingressar no Exército brasileiro e percorrer grande parte do território nacional. No Rio de Janeiro, largou as armas e passou a ganhar a vida tocando nos prostíbulos da zona do Mangue.

Em 1941, foi contratado no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, gravando música instrumental e tentando encontrar um novo estilo que pudesse definir sua carreira musical. Em 1946, em parceria com Humberto Teixeira, lançou a música “Baião”, que logo ganharia a simpatia do público brasileiro. A canção era um convite ao novo ritmo de dança que então se inaugurava: "Eu vou mostrar pra vocês/Como se dança o baião/E quem quiser aprender/É favor prestar atenção/Morena chegue pra cá/Bem junto ao meu coração/Agora é só seguir/Pois eu vou dançar o baião".


Talento raro e inimitável, Luís Gonzaga cantou a dor e as alegrias do povo nordestino, em músicas antológicas como Triste Partida, Asa Branca, Assum Preto, Qui Nem Jiló, Mandacaru, Juazeiro, dentre outras. Detentor de expressiva plêiade de fãs e admiradores, sua música e seu estilo continuam a influenciar as gerações contemporâneas.

Ao todo, Luiz Gonzaga gravou 56 discos que reúnem mais de 500 canções de grande sucesso nacional. Recebeu no ano de 1984 o primeiro disco de ouro, com a música “Danado de Bom”, outro grande clássico do seu consagrado repertório.

Em mais de cinquenta anos de trajetória, o Velho Lua, como também era conhecido, percorreu o Brasil de ponta a ponta, levando sua poesia aonde quer que passasse. Mas foi ao nordeste, “seu berço, seu lar” que ele dedicou a maior parte da sua vida musical.

No ano de 1989, no dia dois de agosto, às cinco e quinze da manhã, morreu o Rei do Baião, depois de 42 dias internado no Hospital Santa Joana na cidade de Recife. No seu sepultamento, compareceram mais de vinte mil pessoas, que cantaram a Asa Branca, enquanto o caixão descia à fria sepultura.

*Poeta e cronista
jotagoncalves_66@yahoo.com.br

Fonte: facebook
Página: José Gonçalves

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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