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sábado, 25 de abril de 2015

'NOSSA HOMENAGEM À SUÇUARANA DO CANGAÇO'


A Cangaceira Dadá
(Transcrição)

"Sérgia da Silva Chagas, mais conhecida como Dadá, foi uma das cangaceiras mais importantes que já existiu. Nasceu em 25 de abril de 1915 em Belém de São Francisco e faleceu em fevereiro de 1994, em Salvador. Seu nome correto ainda é uma incógnita, pois enquanto em alguns documentos aparece como Sérgia Ribeira da Silva, em outros aparece como Sérgia da Silva Chagas.

Foi levada de sua casa aos 13 anos de idade por Corisco (Christino Gomes da Silva Cleto) chefe de um bando de cangaceiros, braço direito de Lampião. Segundo ela, foi uma forma de vingança ao seu pai, que foi acusado de delatar um parente de Corisco à polícia.

Até então, Dadá vivia em casa de parentes ou conhecidos de Corisco, pois não era permitido mulheres no cangaço. Somente a partir da entrada de Maria Bonita que Dadá pôde se juntar ao bando de cangaceiros.


Ela era a única cangaceira que carregava um revólver calibre 38 e contribuía na defesa e ataque do grupo. Algumas outras, segundo ela, possuíam uma “pistolinha de brincadeira” apenas.

Após a morte de Lampião em 1938 o cangaço estava fadado ao fim. As volantes possuíam uma arma que o cangaço nunca conseguiu: A Metralhadora. Com isso, as emboscadas tinham mais chances de darem certo. Dadá assumiu o comando do grupo quando Corisco estava com seus dois braços inválidos, coisa que nenhuma mulher jamais pôde fazer. Em 1940, Corisco e seu bando sofreram uma emboscada, Dadá teve ferimentos em sua perna, que se agravaram devido a condições insalubres de higiene que foi exposta na prisão, levando assim à amputação da mesma. Corisco faleceu algumas horas depois.


A cangaceira Dadá - Do acervo do pesquisador Geraldo Júnior‎ O Cangaço

Além de ser uma brava cangaceira na luta pela sobrevivência em meio a caatinga nordestina e ao coronelismo, provou também ser uma brava lutadora dos direitos de seus companheiros. Após sair da prisão em 1942, lutou para ver a legislação que garante o respeito aos mortos fosse cumprida, e os restos mortais dos cangaceiros que estavam na mórbida exposição do Museu Nina Rodrigues fossem enterrados (o que só aconteceu em 1969). A cabeça de seu amado também se encontrava na exposição. Teve sete filhos (apenas três sobreviveram), mas não pode criar nenhum devido a dura vida que os cangaceiros levavam. Relatou com muito amor sua história e sua importância em um dos maiores movimentos de resistência já existente no Brasil.

Foi homenageada na década de 80 pela Câmara Municipal de Salvador por sua luta e representatividade feminina. Teve sua vida retratada em muitos filmes, sendo que em um deles trabalhou na Supervisão Histórica e Costumes assegurando a melhor reprodução possível de sua época e história.

Dadá foi uma legítima cangaceira, mesmo não escolhendo entrar no movimento, quando pôde sair não o fez. Decidiu lutar até fim ao lado de seu companheiro do qual tinha muito amor. Dadá era brava, corajosa e muito destemida. Nunca parou de lutar. Não era a toa que seu apelido era Suçuarana".

Fonte :mulheres-incriveis.blogspot.com( ...que pescou nos açudes: Deus e Diabo na Terra do Sol ( 1964)-Glauber Rocha
Corisco, o Diabo Loiro ( 1969) – Carlos Coimbra
Corisco e Dadá ( 1996) – Rosemberg Cariry
A musa do cangaço ( 1982) – José Humberto
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/…/freitas_aps_me_assi…
http://www.cchla.ufpb.br/saecul…/saeculum17_art03_santos.pdf
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/…/ha-70-anos-mor…
http://cafehistoria.ning.com/…/blogs/historia-do-cangaco-ve…)

Fonte: facebook
Página: Luiz Pedro da IngazeiraLampião, Cangaço e Nordeste

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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