Maria Bonita se tornou o nome mais conhecido por ser a mulher do comandante
supremo do cangaço. Ela não se tornou símbolo do feminismo brasileiro por ser
bela, ela se tornou sim, sinônimo de mulher corajosa, decidida, que rompeu
paradigmas de uma época para seguir um grupo comandado por um homem que vivia à
margem da lei. Pode ter se tornado exemplo para algumas outras mulheres, porém
não foi intencional, ela foi para o cangaço apenas por ter se apaixonado por
Lampião. Maria Bonita foi menina, criança, amiga, companheira e mãe. Tomou
banho de chuva, se molhou em biqueiras e barreiros, fez bonecas de pano e de
milho, correu, caiu levantou, amou, sofreu, sorriu, chorou, colheu flores,
sentiu o calor causticante do sertão, divisou o verde em certos momentos, foi
amada, ferida, feliz e sofrida, foi mulher sertaneja, de brio, forte, serena,
severa, amamentou, partiu, voltou, tombou crivada de balas, uma mulher comum,
porém com uma história diferenciada de todas as outras de sua época e de seu
convívio. Como resumiu Maria Lúcia Dal Farra em poema: “Maria de Déa, Maria
Bonita, minha Santinha! / Mulher de tantos nomes / tão poucos para contê-la”...
João de Sousa Lima/adaptado
Fonte: facebook
Página: Analucia Gomes
Grupo; O Cangaço
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