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terça-feira, 28 de junho de 2016

BELEZA INTERIOR


Maria Bonita se tornou o nome mais conhecido por ser a mulher do comandante supremo do cangaço. Ela não se tornou símbolo do feminismo brasileiro por ser bela, ela se tornou sim, sinônimo de mulher corajosa, decidida, que rompeu paradigmas de uma época para seguir um grupo comandado por um homem que vivia à margem da lei. Pode ter se tornado exemplo para algumas outras mulheres, porém não foi intencional, ela foi para o cangaço apenas por ter se apaixonado por Lampião. Maria Bonita foi menina, criança, amiga, companheira e mãe. Tomou banho de chuva, se molhou em biqueiras e barreiros, fez bonecas de pano e de milho, correu, caiu levantou, amou, sofreu, sorriu, chorou, colheu flores, sentiu o calor causticante do sertão, divisou o verde em certos momentos, foi amada, ferida, feliz e sofrida, foi mulher sertaneja, de brio, forte, serena, severa, amamentou, partiu, voltou, tombou crivada de balas, uma mulher comum, porém com uma história diferenciada de todas as outras de sua época e de seu convívio. Como resumiu Maria Lúcia Dal Farra em poema: “Maria de Déa, Maria Bonita, minha Santinha! / Mulher de tantos nomes / tão poucos para contê-la”...

João de Sousa Lima/adaptado

Fonte: facebook
Página: Analucia Gomes
Grupo; O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10208731573240422&set=gm.1251172834895832&type=3&theater

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