Por Geraldo Júnior
Após ter
matado o temível Cangaceiro Zé Baiano e outros três comparsas (Chico Peste,
Acelino e Demudado), Antônio de Chiquinho, mentor e líder do grupo de civis que
participaram da matança, resolveu se preparar para um possível ataque
cangaceiro ao povoado para vingar a morte dos companheiros mortos.
Antônio de
Chiquinho adquiriu armas, munições e com o apoio das autoridades formou uma
Volante policial sob o seu comando para a defesa do povoado de Alagadiço (Frei
Paulo/SE).
Uma artimanha
que foi utilizada pelos “defensores” do povoado foi a utilização de uma
RONQUEIRA que nada mais é que um artefato inofensivo, mas que, porém, quando
acionado provoca um barulho ensurdecedor e muito semelhante ao disparo de um
canhão. Fato que segundo consta, teria feito com que Lampião desistisse de
atacar a localidade, acreditando existir ali um canhão e que um ataque
provocaria ainda mais baixas em sua hoste. Antônio de Chiquinho constantemente
acionava a RONQUEIRA, cujo barulho escutava-se à quilômetros, como forma de
confundir os moradores das redondezas e principalmente os cangaceiros, que
certamente tomariam conhecimento.
A Volante de
Antônio de Chiquinho não demorou muito tempo em atividade, pois foi destituída
sob a acusação de práticas de bebedeiras excessivas e desordens por parte de
seus membros, inclusive por parte do comandante.
Na fotografia
abaixo podemos observar alguns buracos (Torneiras) nas paredes da casa que na
época pertencia a Antônio de Chiquinho, que seriam utilizados em caso de ataque
cangaceiro, para introduzir as armas e efetuar disparos do interior da casa.
Texto: Geraldo
Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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