Seguidores

terça-feira, 28 de junho de 2016

POR VIA DAS DÚVIDAS...

Por Geraldo Júnior

Após ter matado o temível Cangaceiro Zé Baiano e outros três comparsas (Chico Peste, Acelino e Demudado), Antônio de Chiquinho, mentor e líder do grupo de civis que participaram da matança, resolveu se preparar para um possível ataque cangaceiro ao povoado para vingar a morte dos companheiros mortos.

Antônio de Chiquinho adquiriu armas, munições e com o apoio das autoridades formou uma Volante policial sob o seu comando para a defesa do povoado de Alagadiço (Frei Paulo/SE).

Uma artimanha que foi utilizada pelos “defensores” do povoado foi a utilização de uma RONQUEIRA que nada mais é que um artefato inofensivo, mas que, porém, quando acionado provoca um barulho ensurdecedor e muito semelhante ao disparo de um canhão. Fato que segundo consta, teria feito com que Lampião desistisse de atacar a localidade, acreditando existir ali um canhão e que um ataque provocaria ainda mais baixas em sua hoste. Antônio de Chiquinho constantemente acionava a RONQUEIRA, cujo barulho escutava-se à quilômetros, como forma de confundir os moradores das redondezas e principalmente os cangaceiros, que certamente tomariam conhecimento.

A Volante de Antônio de Chiquinho não demorou muito tempo em atividade, pois foi destituída sob a acusação de práticas de bebedeiras excessivas e desordens por parte de seus membros, inclusive por parte do comandante.

Na fotografia abaixo podemos observar alguns buracos (Torneiras) nas paredes da casa que na época pertencia a Antônio de Chiquinho, que seriam utilizados em caso de ataque cangaceiro, para introduzir as armas e efetuar disparos do interior da casa.

Texto: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário