Por Clerisvaldo B.
Chagas, 14 de setembro de 2016 - Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.573
Lá no sertão
temos uma ave que também povoa parte do mundo. Popularmente denominada galinha
d’água, gosta muito de águas mortas, principalmente de açudes e barreiros. É
ave de arribação que mede, aproximadamente, 37 centímetros, alimenta-se de boa
variedade de vegetais e pequenos bichos aquáticos. Existe em torno de 12
subespécies conhecidas por diferentes nomes, pelo povo, em diversos lugares. “O
ninho é uma cesta coberta construída no chão de mato denso. Pode haver uma
segunda ninhada do ano, composta entre cinco e oito ovos”. Entre outros, também
é apontada pelo pomposo nome de Jaçanã. Além de bela, desliza com muita
elegância na superfície dos açudes.
Fazer galinha
d’água não é reproduzir as Jaçanãs. É atirar pedras nos grandes reservatórios
d’água na linha horizontal da superfície. Quanto mais a pedra arremessada toca
na água, até o seu mergulho, mais galinha d’água você fez. É brincadeira
esporádica de jovens e adultos em visita às fazendas.
O grande chefe
da corrupção e do roubo descarado do real do povo, seguro que não cairia nunca,
cansou o braço de fazer galinha d’água. Os pobres que trabalham neste país
estão de peito lavado em relação ao mais cínico dos ladrões do Brasil. Os dez
deputados que votaram a seu favor, deveriam levá-lo para casa, no colo, trocar
suas sua fraldas e alimentá-los com gogó sempre cantando cantigas de ninar.
Assim, além da vingança do povo brasileiro, vem o desabafo do governo
democraticamente eleito e destituído pela chantagem desse crápula. Deu o que
dissemos: “Hás de seguir-me Robespierre”.
Mas estamos
apenas iniciando. Ainda falta o aproveitador, traidor e usurpador seguido de
seus outros bandidos. Vamos aguardar as novas galinhas d’água e o futuro
fechamento do jogo.
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