Por Junior
Almeida
No último
sábado 29, pesquisadores de vários lugares do país estiveram na Grota de
Angicos, palco do último fogo envolvendo o cangaceiro Lampião e seu bando,
embora esse ou seus comandados não tenham disparado um único tiro, tombaram no
locam em número de onze. Pelo lado da força perdeu sua vida em cumprimento do
dever, o soldado Adrião Pedro de Souza, que por muitos anos teve o seu nome
esquecido pela história.
*Na foto, além dos pesquisadores responsáveis pela cruz de Adrião, estavam alguns turistas que visitavam o local.
Para corrigir
o que considera uma injustiça, o pesquisador e escritor Antônio Vilela, além de
escrever um livro contando a história da vida do volante, no ano de 2012 junto
com outros pesquisadores marcou o local da morte de Adrião com uma cruz e uma
placa, para que as pessoas tivessem conhecimento que em Angicos também morreu
um militar.
Essa cruz e
placa foram subtraídas do local em julho passado, quando foi realizada a missa
pela passagem da data da morte dessas doze pessoas. Três meses depois (sábado
29), Antônio Vilela e outros pesquisadores recolocaram o marco na Grota do
Angico.
Junto com Antonio Vilela estiveram
os também os pesquisadores pernambucanos Junior Almeida, de Capoeiras, Ana Lucia Souza, de
Petrolina, Marcos
De Carmelita Carmelita, de Floresta, além do baiano Luiz Ruben F. A. Bonfim,
da Bahia, Aderbal
Nogueira do Ceará e o alagoano Jairo, que deu todo suporte para que a
“obra” fosse realizada. Vilela em suas palavras, ao final da aposição da placa
e cruz, disse que tinha o sentimento de dever cumprido, que aquele ato
representava justiça ao nome do soldado Adrião.
Também estavam
no local os netos de Adrião, Décio e Cícera, que falaram do sentimento de
gratidão da família com essa homenagem. O neto disse que tinha a consciência
que aquele ato não representava a elevação do avô ao patamar de herói, mas que
corrigia uma injustiça da história. Disse ainda da satisfação da sua mãe em ver
o nome de Adrião Pedro finalmente reconhecido como deveria e frisou que o
militar tinha dois pais: O de sangue e o de memória, que era o professor
Vilela.
A neta Cícera
leu para os presentes um breve histórico do avô, e também falou da satisfação
daquele ato, que teve todo o apoio de entidades ligadas ao estudo do cangaço,
como a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC, Cariri Cangaço, Grupo
Pernambucano de Estudos do Cangaço - GPEC, Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
– GECC e Grupo Florestano de Estudos do Cangaço – GFEC.
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