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domingo, 30 de outubro de 2016

MISSÃO CUMPRIDA!

Por Junior Almeida

No último sábado 29, pesquisadores de vários lugares do país estiveram na Grota de Angicos, palco do último fogo envolvendo o cangaceiro Lampião e seu bando, embora esse ou seus comandados não tenham disparado um único tiro, tombaram no locam em número de onze. Pelo lado da força perdeu sua vida em cumprimento do dever, o soldado Adrião Pedro de Souza, que por muitos anos teve o seu nome esquecido pela história.

*Na foto, além dos pesquisadores responsáveis pela cruz de Adrião, estavam alguns turistas que visitavam o local.

Para corrigir o que considera uma injustiça, o pesquisador e escritor Antônio Vilela, além de escrever um livro contando a história da vida do volante, no ano de 2012 junto com outros pesquisadores marcou o local da morte de Adrião com uma cruz e uma placa, para que as pessoas tivessem conhecimento que em Angicos também morreu um militar.

Essa cruz e placa foram subtraídas do local em julho passado, quando foi realizada a missa pela passagem da data da morte dessas doze pessoas. Três meses depois (sábado 29), Antônio Vilela e outros pesquisadores recolocaram o marco na Grota do Angico.

Junto com Antonio Vilela estiveram os também os pesquisadores pernambucanos Junior Almeida, de Capoeiras, Ana Lucia Souza, de Petrolina, Marcos De Carmelita Carmelita, de Floresta, além do baiano Luiz Ruben F. A. Bonfim, da Bahia, Aderbal Nogueira do Ceará e o alagoano Jairo, que deu todo suporte para que a “obra” fosse realizada. Vilela em suas palavras, ao final da aposição da placa e cruz, disse que tinha o sentimento de dever cumprido, que aquele ato representava justiça ao nome do soldado Adrião.

Também estavam no local os netos de Adrião, Décio e Cícera, que falaram do sentimento de gratidão da família com essa homenagem. O neto disse que tinha a consciência que aquele ato não representava a elevação do avô ao patamar de herói, mas que corrigia uma injustiça da história. Disse ainda da satisfação da sua mãe em ver o nome de Adrião Pedro finalmente reconhecido como deveria e frisou que o militar tinha dois pais: O de sangue e o de memória, que era o professor Vilela.

A neta Cícera leu para os presentes um breve histórico do avô, e também falou da satisfação daquele ato, que teve todo o apoio de entidades ligadas ao estudo do cangaço, como a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC, Cariri Cangaço, Grupo Pernambucano de Estudos do Cangaço - GPEC, Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará – GECC e Grupo Florestano de Estudos do Cangaço – GFEC.

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