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domingo, 30 de outubro de 2016

VISITA DO PESQUISADOR DO CANGAÇO GUILHERME MACHADO À BARRA DO MENDES ONDE FOI ASSASSINADO O CANGACEIRO CORISCO

Por Guilherme Machado

Visita à Fazenda Pacheco em Barra do Mendes na divisa do município de Barro Alto, Bahia, onde mataram o Diabo Loiro, “ Corisco”.

O cangaceiro Corisco

Árdua viagem de mais de 400 km de poeira e muito sofrimento de Feira de Santana à Barra do Mendes, na mesma trilha que fez o tenente Zé Rufino, no dia 25 de maio de 1940, na certeza de assassinar Corisco, que viajava com sua afilhada Zefinha de 10 anos, e sua mulher Dadá, e mais um casal de cangaceiros, Rio Branco e Florência, que viajavam em direção à cidade de Bom Jesus da Lapa-Ba.


Falando da minha viagem à Fazenda Pacheco em Barro Alto-Ba, em busca de informação sobre o massacre de Corisco, só obtive informações de um fazendeiro de Brotas de Macaúbas, o senhor Lídio Dantas Neri, hoje radicado na Fazenda Umbuzeirão em ibititá-Ba, que me recebeu com um belo almoço regado a muita fartura e muita informação sobre Corisco e o capitão Lamarca.

Ver-se fotos da família do sr. Lídio Neri

Eles me mostravam suas vacas de leite, onde ele aparece ao meu lado dentro do curral com seus filhos, netos, e seus vaqueiros. Com muita gentileza, me emprestou um manso cavalo para eu terminar a minha pesquisa.


A fazenda dos Pacheco não existe mais. No lugar da casa de farinha que o fazendeiro José Pacheco hospedou os casais de cangaceiros, só existe uma feia vegetação catingueira.

A primeira foto é o retrato da estrada de Irecê até a Barra do Mendes, feita a bordo de um velho ônibus ano 1974, da empresa Águia do Sertão, este explodiu dois pneus por conta da estrada de péssima qualidade.

Logo abaixo ver-se a foto de Corisco feita em 1936 pelo sírio libanês Benjamim Abrahão Botto. Nesta cassada mortífera, o tenente Zé Rufino matou Corisco por pura ganância ao dinheiro de frutos de roubos e saques das volantes e dos cangaceiros. O estúpido militar sabia que Corisco viajava com muito dinheiro em mãos.


O casal Rio Branco e Florência, conseguiu escapar com vida, porque tinha saído para ir lavar roupa em um povoado chamado Lagoa do Soldado, próximo à Barra do Mendes, e o casal só ouviu os tiros.

Observação: Corisco e outros cangaceiros tinham sido anistiados pelo governo da época (Landolfo Alves interventor 1938 a 1942), sendo assim, eram homens livres ou não?

Depoimento de uma pesquisadora de Barra do Mendes aos leitores. “Mataram Corisco em 26 de maio de 1940 Recomendo ler "jagunços e heróis" do dr. Valfrido de Morais ou dr. Américo Chagas, pesquisadores desta história, porque não foi feito o filme desta história. Iria emocionar muita gente e afinal, geraria recursos para a Barra do Mendes.


Ex revitalização do açude. Cartão postal desta grande e amada Barra -Abraços. Janeth Pimentel Pacheco”.

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