Por José Ribamar
Alimentarei os vermes
Que há de escaveirar-me,
Quando no real estado
De putrefação achar-me
No íntimo do bojo eterno
Onde o juizado externo
Não terá voz pra julgar-me.
Que há de escaveirar-me,
Quando no real estado
De putrefação achar-me
No íntimo do bojo eterno
Onde o juizado externo
Não terá voz pra julgar-me.
Soterrado
num esquife
Verei os meus ossos serem,
Divorciados das carnes
Que torrões há de comerem...
Inútil pro mundo fútil
Sentirei na terra útil
Os micróbios me vencerem.
Verei os meus ossos serem,
Divorciados das carnes
Que torrões há de comerem...
Inútil pro mundo fútil
Sentirei na terra útil
Os micróbios me vencerem.
Do
meu sangue congelado
A cova usufruirá,
Que ente reencarnado
De volta ao mundo trará?
Meu QI como tesouro
Que nem mesmo a voz do ouro
O seu brado calará.
A cova usufruirá,
Que ente reencarnado
De volta ao mundo trará?
Meu QI como tesouro
Que nem mesmo a voz do ouro
O seu brado calará.
Imóvel
feito uma pedra
De mármore, dentre os talhados,
Serei mais um grão de carne
Chagado pelos pecados,
Que para o pai Jeová
Por séculos sem fim, será
Mais um sonho esfacelado.
De mármore, dentre os talhados,
Serei mais um grão de carne
Chagado pelos pecados,
Que para o pai Jeová
Por séculos sem fim, será
Mais um sonho esfacelado.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário