Por José Mendes Pereira
Luiz Padre está à direita
Eu não sei se
estou falando a verdade ou apenas falando por falar, mas acho que dois cangaceiros
os quais foram as grandes estrelas do cangaço, Luiz Padre no tempo do cangaço
do Sinhô Pereira, e Luiz Pedro no tempo do cangaço do rei Lampião, ambos, quase, não são lembrados na literatura cangaceira.
Eu sei que os
escritores e pesquisadores já fizeram muito pela a organização da literatura do
cangaço do Nordeste, perdendo tempo pelas caatingas, enfrentando chuva, sol,
poeira, fome, sede, com o intuito de encontrarem todas as peças do xadrez do
cangaço, mas estão devendo (no bom sentido) as biografias destes dois delinquentes,
que pouco aparecem nos escritos cangaceiros.
Luiz Pereira
da Silva Jacobina nascido no ano de 1891, nas Ribeiras do Pajeú (São Francisco)
Belmonte-PE, de uma família de 5 irmãos, 3 homens e 2 mulheres, filho de Manuel
Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira) e Francisca Pereira da Silva (Dona
Chiquinha Pereira), neto paterno do Coronel Francisco Pereira da Silva e Ana de
Sá, neto materno de Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú) e Maria Pereira
da Silva. (Venício Feitosa Neves).
O
ex-cangaceiro Luiz Padre era primo primeiro do Sebastião Pereira da Silva o afamado
cangaceiro Sinhô Pereira, pois os seus pais eram irmãos. (Moema Covêllo)
Luiz Pedro ou
Luiz Pedro do Retiro era pernambucano da localidade chamada Retiro, município
de Triunfo-PE. Apesar de ser um cangaceiro afamado poucas informações sobre sua
vida foram registradas, apelidado de Caititu por Maria Bonita, que tinha por
costume colocar apelidos em todos os componentes do grupo de cangaceiros, foi
um dos homens de maior confiança de Lampião. Sabe-se que Luiz Pedro abandonou
sua família para entrar definitivamente para o cangaço, e para isso utilizou o
próprio nome, e não alcunha (apelido) como era comum entre os cangaceiros, como
prova de bravura e coragem, uma vez que teria sua verdadeira identidade
conhecida por todos, inclusive por ferozes e implacáveis inimigos. Luiz Pedro
era um cangaceiro vaidoso, rico e elegante, dono de muitas joias, ouro e
dinheiro, fruto de seus sucessivos assaltos. (Geraldo Júnior).
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