Por Marcos de Carmelita
Após a chacina na fazenda Tapera dos Gilo, Lampião saiu conduzindo seis cangaceiros baleados. Três deles estavam mortos. Ao chegar no Jacurutu, na propriedade do sobrinho de Gilo Donato do Nascimento (patriarca da família Gilo), Manoel Maneca, ele capturou seis trabalhadores que estavam em um corte de madeira e os obrigou a carregar os mortos e baleados, adentrando às caatingas do Tamboriu.
André (guia) e, na
sepultura dos cangaceiros. Foto tirada por Betinho Numeriano,
ex-vereador do município e pai de Bia Numeriano, vereadora atual.
Logo mais à
frente, ele liberou os rapazes e enterrou em uma só cova, os corpos dos
companheiros. Para despistar as volantes, a genialidade do rei do cangaço
aflorou quando ele demarcou o local colocando seis pedaços de madeira,
simbolizando que todos tinham sido abatidos e não seguia com os feridos, sendo
que no local somente três tinham sido sepultados. Como explicar tamanha
inteligência e estratégia do Rei do Cangaço?
Marcos de Carmelita e dona Cícera Rezadeira
Dona Cícera Rezadeira, ainda viva
e lúcida, residindo em Floresta, conheceu esse local na sua juventude e viu os
seis pedaços de madeira que Lampião deixou no local.
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